Jesus: o pão na e da vida
O comer e o beber em Cristo conforme a vivência experimental daqueles que o tiveram ao lado, nada mais foi senão uma radical transformação para dentro do ser। Não há comida que não alimente, nem água que não mate a sede dependendo da perspectiva em que você se encontre; há outras águas, há outros pães pelos quais corremos e lutamos para conquistá-lo na sede de matar a nossa fome de transcendência, mas enquanto Cristo não for o Pão na e da vida, continuaremos a ofertar palavras sem pão nas vidas.
“Nem só de pão viverá o homem”, em contrapartida, Jesus alimenta a multidão com pão material depois de saciá-los com pão do céu, a sua Palavra. Em outros momentos, Ele mesmo afirma que o pai jamais dará pedra se você pedir pão e diante de tantas referências a essa palavra, creio que há muito o que se refletir nela por termos um dia recebido dEle esses pães. Sendo assim, qual é o pão que você está ofertando ao outro? Qual é a nossa missão?
Nessa direção, ofertar pão é ainda uma prática de poucos, tudo isso porque o Jesus que foi o tempo todo doador de pão na e da vida tem sido modificado por algumas pessoas, pela visão levedada de que para receber pão precisa antes ser modificada à moda do grupo. Uns acreditam que o fato de doar pão e fazer o bem o elevará a um grau de perfeição, outros convidam pessoas a conhecerem o dono do pão, mas têm se omitido de alguma forma a alimentar com o verdadeiro pão. Se observarmos a multidão, veremos, como o Mestre viu, a fome das pessoas em todos os aspectos, tanto que com olhar de misericórdia e justiça Jesus faz questão de não despedir o povo de mãos vazias, enquanto hoje estamos vendo muitos despedindo o povo apenas cheio de esperanças – ilusórias, cerceando a fé e ainda retirando dessa gente o pouco que se tem.
Não estou aqui com um discurso Marxista, muitos menos acredito que Marx tenha provado do pão e saciado sua sede na fonte que jorra para vida eterna, uma vez que preferiu apenas dizer que religião é um “ópio social”, sim, há uma verdade implícita nessa declaração, mesmo que nos doa, embora por Ele não ter provado de Cristo como pão que alimenta a alma, observou a trajetória futura de um povo pela perspectiva do capitalismo social que hoje nos aprisiona e nos faz repetir antigos modelos de sociedade sem nada de novo debaixo do sol, se não, permita- me ser sincero em dizer que a igreja deve muito a sociedade, não enquanto sistema, não enquanto placa com inscrição e C.G.C, mas enquanto agência promotora de vida através do Espírito Santo, por sermos nós, seus agentes através da Palavra de Deus. Sim, devemos, porque nesse paralelismo de doar pão, Jesus nos intima a ir a todas as nações e não só ir, mas também ensinar a fim de que o ensino, pela sua Palavra seja objeto de alimento para o povo com fome de Deus e uma vez ensinando, toda essa gente também será no íntimo promotora da mesma prática de doar pão, mesmo sem ver a quem está doando, uma vez que o ensino de Cristo gera gratidão e santidade para dentro do ser, mas não é isso que estamos vendo. Em muitos lugares a igreja nem vai e nem ensina, apenas outorga quem sobe aos céus alimentado e quem fica sem nada, condenado; esperando que as nações venham às quatro paredes do templo se alimentar por si mesma, quando sabemos da cegueira estabelecida nas pessoas pelo deus desse mundo. Além disso, a igreja perde tempo em disputas internas pelo poder, quando a multidão caminha a passos largos e sem o Pão da vida, quando seus membros se preocupam em ter ao esquecer que quanto mais temos, mas somos cobrados por Deus a doar e se não estamos doando estamos devendo e por que devendo? Simplesmente pelo fato de que neste chão não podemos se fixar em nada, pois somos peregrinos, a nossa expectativa é ir embora pra o nosso lar celeste, portanto nossa missão aqui é ir, ensinar, doar e se não o fazemos, somos devedores e seremos cobrados por isso.
Por esse olhar, não estou defendendo o assistencialismo que a mídia tanto ventila com ar de quem se preocupa com a multidão, dar pão em épocas festivas, doar cestas aos pobres certamente é um ato nobre, mas não alimenta, pois antes do alimento físico o povo precisava mesmo era de Deus, porque só Ele conhece suas necessidades, só Ele nos visita quando os amigos se vão, só Ele liberta quando as cadeias aprisionam, só Ele cuida quando a enfermidade nos toca, só Jesus nos compreende quando somos incompreendidos, só Cristo nos protege quando o mal silenciosamente nos espera na estrada, só Ele, porque nos criou, sabe como ninguém qual será o percurso da nosso amanhã. Por isso, por mais que façamos campanhas para matar a fome sem doar o Pão da vida, que mata todas fomes, estaremos caminhando em círculo sem encontrar o solo seguro para repousar.
Do início do seu ministério ao último suspiro na cruz, Jesus se preocupou em dar a multidão um pão sem fermento, nós é que teimamos em levedar a massa para sustentar a tese de um grupo; falamos sobre a verdade, mas a levedamos por não praticá-la na essência. Por isso, há um ópio nas nossas ações enquanto igreja, se não for verdade, veja comigo as dezenas de novos ministérios, placas e inovações religiosas explodindo a cada esquina na sede tesoureira de Judas em reclamar do ungüento de valor derramado aos pés do Mestre, quando aos pobres deveria ser ofertado, há nessa prática um jogo de jargões e frases de efeito para manipular a platéia que desejosa em se alimentar acaba engolindo ilusões, pois com fermento fica mais fácil em transformar Jesus no marketing mais comercializado em todos os tempos. Nunca se vendeu tanta canção, livros, camisas, bótons, bonés, cordões, fitinhas, dvds, pulseiras na história moderna e comercial desse século, nunca se teve tanto lucro com Jesus, o Pão da vida, enquanto a multidão caminha faminta de pão e do Pão, Cristo Jesus, cambaleando nas calçadas da vida sem teto e sem esperança de ser alguém aqui ou amanhã na Canaã celestial se a morte chegar.
Diante dessa perspectiva, qual a sua preocupação quando você, cristão, observa essa multidão sem pão e sem Deus? Chora ainda você pelo carro novo que ainda não trocou? Murmura ainda você pelos sonhos que seu ego fomentou e não conseguiu realizar? Reclama você ainda da vida quando a chuva cai ou quando faz muito calor? Ou ainda resmunga você pela a roupa, quando ao abrir o armário tem o privilégio de escolher a cor e o modelo, reclama ainda você? E o que dizer da multidão sem pão e sem nome na praça, bêbadas, drogadas, na sarjeta, deprimidas, sem teto, trancafiadas em grades como animais, enjauladas pelo circo dos juros de uma economia que os separa e os deixa anônimos para sempre, o que dizer deles, o que faz você por eles? O que dizer sobre a outra multidão que com dinheiro e pão caminha ao largo sem o Pão da vida? O que tem feito você por essa gente, sendo você, ministro ou servo dAquele que o intimou a ir e ensinar para alimentar e matar a sede com a Fonte da vida eterna nessa Palavra que carregamos pra cima e pra baixo sem efeito e sem causa? O que temos feito? Terá você ainda coragem de declamar versículos inteiros ao microfone sem ver a transformação nas vidas e sem ser você mesmo objeto dessa transformação? Adiantará estar em quatro paredes adornadas de mármores numa decoração lustrosa se a cada dia, pessoalmente, lavamos as mãos como Pilatos ao deixar essa multidão caminhar para a morte eterna, quando temos o poder físico de fazer a nossa parte e não fazemos, qual é a sua justificativa?
Jesus ofertou pão na vida e para a vida, a fim de que eu e você, alimentados pelo Espírito Santo, possamos também ser vida na vida de tantos ao redor de nós. Separados da corrupção do mundo, santos e imitadores de Cristo, mas antes de tudo, olhando como Ele olhou, amando como Ele amou, crendo no poder dEle que transforma os mais sombrios cativeiros da alma, crendo que nEle, através da nossa fé, até as montanhas se mudam de lugar, que os nossos sonhos se realizam e que na cruz diária de cada dia, somos mais que vencedores, porque por amor a nós, mesmo pelas tantas falhas que cometemos em seu nome, sua misericórdia tem sido infinita em nossas vidas.
Sendo assim, se somos mesmo cristãos chamados para fora, Eclésia de Cristo, ensinemos sobre o pão sem fermento e sem o nosso tempero, mas ao sabor, à moda e com o sotaque dEle, aquele que é Pão na e da vida aqui, agora e para sempre, Cristo Jesus.
Até à próxima!
André silva.
“Nem só de pão viverá o homem”, em contrapartida, Jesus alimenta a multidão com pão material depois de saciá-los com pão do céu, a sua Palavra. Em outros momentos, Ele mesmo afirma que o pai jamais dará pedra se você pedir pão e diante de tantas referências a essa palavra, creio que há muito o que se refletir nela por termos um dia recebido dEle esses pães. Sendo assim, qual é o pão que você está ofertando ao outro? Qual é a nossa missão?
Nessa direção, ofertar pão é ainda uma prática de poucos, tudo isso porque o Jesus que foi o tempo todo doador de pão na e da vida tem sido modificado por algumas pessoas, pela visão levedada de que para receber pão precisa antes ser modificada à moda do grupo. Uns acreditam que o fato de doar pão e fazer o bem o elevará a um grau de perfeição, outros convidam pessoas a conhecerem o dono do pão, mas têm se omitido de alguma forma a alimentar com o verdadeiro pão. Se observarmos a multidão, veremos, como o Mestre viu, a fome das pessoas em todos os aspectos, tanto que com olhar de misericórdia e justiça Jesus faz questão de não despedir o povo de mãos vazias, enquanto hoje estamos vendo muitos despedindo o povo apenas cheio de esperanças – ilusórias, cerceando a fé e ainda retirando dessa gente o pouco que se tem.
Não estou aqui com um discurso Marxista, muitos menos acredito que Marx tenha provado do pão e saciado sua sede na fonte que jorra para vida eterna, uma vez que preferiu apenas dizer que religião é um “ópio social”, sim, há uma verdade implícita nessa declaração, mesmo que nos doa, embora por Ele não ter provado de Cristo como pão que alimenta a alma, observou a trajetória futura de um povo pela perspectiva do capitalismo social que hoje nos aprisiona e nos faz repetir antigos modelos de sociedade sem nada de novo debaixo do sol, se não, permita- me ser sincero em dizer que a igreja deve muito a sociedade, não enquanto sistema, não enquanto placa com inscrição e C.G.C, mas enquanto agência promotora de vida através do Espírito Santo, por sermos nós, seus agentes através da Palavra de Deus. Sim, devemos, porque nesse paralelismo de doar pão, Jesus nos intima a ir a todas as nações e não só ir, mas também ensinar a fim de que o ensino, pela sua Palavra seja objeto de alimento para o povo com fome de Deus e uma vez ensinando, toda essa gente também será no íntimo promotora da mesma prática de doar pão, mesmo sem ver a quem está doando, uma vez que o ensino de Cristo gera gratidão e santidade para dentro do ser, mas não é isso que estamos vendo. Em muitos lugares a igreja nem vai e nem ensina, apenas outorga quem sobe aos céus alimentado e quem fica sem nada, condenado; esperando que as nações venham às quatro paredes do templo se alimentar por si mesma, quando sabemos da cegueira estabelecida nas pessoas pelo deus desse mundo. Além disso, a igreja perde tempo em disputas internas pelo poder, quando a multidão caminha a passos largos e sem o Pão da vida, quando seus membros se preocupam em ter ao esquecer que quanto mais temos, mas somos cobrados por Deus a doar e se não estamos doando estamos devendo e por que devendo? Simplesmente pelo fato de que neste chão não podemos se fixar em nada, pois somos peregrinos, a nossa expectativa é ir embora pra o nosso lar celeste, portanto nossa missão aqui é ir, ensinar, doar e se não o fazemos, somos devedores e seremos cobrados por isso.
Por esse olhar, não estou defendendo o assistencialismo que a mídia tanto ventila com ar de quem se preocupa com a multidão, dar pão em épocas festivas, doar cestas aos pobres certamente é um ato nobre, mas não alimenta, pois antes do alimento físico o povo precisava mesmo era de Deus, porque só Ele conhece suas necessidades, só Ele nos visita quando os amigos se vão, só Ele liberta quando as cadeias aprisionam, só Ele cuida quando a enfermidade nos toca, só Jesus nos compreende quando somos incompreendidos, só Cristo nos protege quando o mal silenciosamente nos espera na estrada, só Ele, porque nos criou, sabe como ninguém qual será o percurso da nosso amanhã. Por isso, por mais que façamos campanhas para matar a fome sem doar o Pão da vida, que mata todas fomes, estaremos caminhando em círculo sem encontrar o solo seguro para repousar.
Do início do seu ministério ao último suspiro na cruz, Jesus se preocupou em dar a multidão um pão sem fermento, nós é que teimamos em levedar a massa para sustentar a tese de um grupo; falamos sobre a verdade, mas a levedamos por não praticá-la na essência. Por isso, há um ópio nas nossas ações enquanto igreja, se não for verdade, veja comigo as dezenas de novos ministérios, placas e inovações religiosas explodindo a cada esquina na sede tesoureira de Judas em reclamar do ungüento de valor derramado aos pés do Mestre, quando aos pobres deveria ser ofertado, há nessa prática um jogo de jargões e frases de efeito para manipular a platéia que desejosa em se alimentar acaba engolindo ilusões, pois com fermento fica mais fácil em transformar Jesus no marketing mais comercializado em todos os tempos. Nunca se vendeu tanta canção, livros, camisas, bótons, bonés, cordões, fitinhas, dvds, pulseiras na história moderna e comercial desse século, nunca se teve tanto lucro com Jesus, o Pão da vida, enquanto a multidão caminha faminta de pão e do Pão, Cristo Jesus, cambaleando nas calçadas da vida sem teto e sem esperança de ser alguém aqui ou amanhã na Canaã celestial se a morte chegar.
Diante dessa perspectiva, qual a sua preocupação quando você, cristão, observa essa multidão sem pão e sem Deus? Chora ainda você pelo carro novo que ainda não trocou? Murmura ainda você pelos sonhos que seu ego fomentou e não conseguiu realizar? Reclama você ainda da vida quando a chuva cai ou quando faz muito calor? Ou ainda resmunga você pela a roupa, quando ao abrir o armário tem o privilégio de escolher a cor e o modelo, reclama ainda você? E o que dizer da multidão sem pão e sem nome na praça, bêbadas, drogadas, na sarjeta, deprimidas, sem teto, trancafiadas em grades como animais, enjauladas pelo circo dos juros de uma economia que os separa e os deixa anônimos para sempre, o que dizer deles, o que faz você por eles? O que dizer sobre a outra multidão que com dinheiro e pão caminha ao largo sem o Pão da vida? O que tem feito você por essa gente, sendo você, ministro ou servo dAquele que o intimou a ir e ensinar para alimentar e matar a sede com a Fonte da vida eterna nessa Palavra que carregamos pra cima e pra baixo sem efeito e sem causa? O que temos feito? Terá você ainda coragem de declamar versículos inteiros ao microfone sem ver a transformação nas vidas e sem ser você mesmo objeto dessa transformação? Adiantará estar em quatro paredes adornadas de mármores numa decoração lustrosa se a cada dia, pessoalmente, lavamos as mãos como Pilatos ao deixar essa multidão caminhar para a morte eterna, quando temos o poder físico de fazer a nossa parte e não fazemos, qual é a sua justificativa?
Jesus ofertou pão na vida e para a vida, a fim de que eu e você, alimentados pelo Espírito Santo, possamos também ser vida na vida de tantos ao redor de nós. Separados da corrupção do mundo, santos e imitadores de Cristo, mas antes de tudo, olhando como Ele olhou, amando como Ele amou, crendo no poder dEle que transforma os mais sombrios cativeiros da alma, crendo que nEle, através da nossa fé, até as montanhas se mudam de lugar, que os nossos sonhos se realizam e que na cruz diária de cada dia, somos mais que vencedores, porque por amor a nós, mesmo pelas tantas falhas que cometemos em seu nome, sua misericórdia tem sido infinita em nossas vidas.
Sendo assim, se somos mesmo cristãos chamados para fora, Eclésia de Cristo, ensinemos sobre o pão sem fermento e sem o nosso tempero, mas ao sabor, à moda e com o sotaque dEle, aquele que é Pão na e da vida aqui, agora e para sempre, Cristo Jesus.
Até à próxima!
André silva.