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sábado, 22 de dezembro de 2012


Facebook faz parceria com organizações gays para deter comentários “discriminatórios”



O site de relacionamentos sociais Facebook está fazendo parceria com uma lista de importantes organizações de ativistas homossexuais para começar as operações de uma Rede de Apoio aos homossexuais, parte de uma campanha para remover expressões e importunações discriminatórias do site de relacionamentos sociais.
Mas as organizações pró-família estão expressando preocupações sérias com o modo como esse sistema foi organizado, pois algumas organizações homossexuais exigem não somente a remoção de expressões legitimamente violentas e discriminatórias, mas também a censura de declarações que meramente critiquem o comportamento homossexual.
O Facebook anunciou recentemente que estava lançando uma Rede de Apoio depois que uma página do Facebook estabelecida para desestimular importunações anti-homossexualismo e para comemorar a recente morte de seis homossexuais por suicídio recebeu comentários vulgares e obscenos.
A Rede de Apoio incentiva os usuários a denunciar comentários “de ódio” ao Facebook, os quais então serão deletados pelo site, e dá instruções sobre como impedir tais comentários de ocorrerem em primeiro lugar, tais como bloquear perfis, denunciar importunações, dar apoio para outros, pensar duas vezes sobre as postagens ou encaminhar indivíduos à Rede de Apoio do Facebook.
O site de relacionamento social anunciou que está fazendo parceria com a campanha “A Thin Line” da MTV; a Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (conhecida pela sigla em inglês GLAAD); a Campanha pelos Direitos Humanos (organização homossexual, cuja sigla em inglês é HRC); o Projeto Trevor; a Rede de Educação Gay, Lésbica e Hetero (conhecida pela sigla em inglês GLSEN); e Pais, Famílias & Amigos de Lésbicas e Gays (conhecida pela sigla em inglês PFLAG) para estabelecer essa Rede de Apoio para jovens homossexuais em estado de aflição.
Tony Perkins, presidente do Conselho de Pesquisa da Família, denunciou a parceria, expressando preocupação de que organizações como GLAAD poderão realmente tentar usar sua influência para pressionar o Facebook a adotar uma definição mais ampla de expressão de ódio.
Jarrett Barrios, presidente de GLAAD, indicou que as iniciativas do Facebook são apenas “um primeiro passo importante”, e Perkins diz que crê que GLAAD trabalhará para expandir a definição de expressão de ódio além de ataques de ódio para incluir qualquer expressão que critique a conduta homossexual.
“Poderá ocorrer lentamente, mas garanto que o Facebook começará a ampliar sua definição do que é ‘discriminatório’ com base em ações que GLAAD fez no passado”, disse Perkins.
O líder pró-família se referiu à campanha de GLAAD para bani-lo da página editorial do jornal Washington Post depois que ele escreveu uma coluna onde disse que a culpa pelo bullying deveria ser jogada sobre os próprios indivíduos que cometem o bullying e não nos cristãos que frequentam igrejas, os quais acreditam que a conduta homossexual é errada, mas afirmam a bondade da pessoa.
Perkins deixou claro nesse artigo que os cristãos condenam o bullying e a violência contra os homossexuais, e disse que a compaixão cristã os motiva a buscar afastar os homossexuais de condutas “autodestrutivas”.
Contudo, GLAAD disse para seus seguidores: “Perkins culpa as recentes tragédias de suicídios entre adolescentes nas próprias vítimas” e acusou o Washington Post de fazer de suas páginas editoriais uma “plataforma para um ativista antigay”.
Perkins avisou que a parceira do Facebook com GLAAD “é algo que merece muita preocupação, pois coloca o Facebook no rumo cada vez mais forte dos meios de comunicação para a censura”.
“Como a grande imprensa, eles estão sucumbindo às pressões para silenciar a liberdade de expressão”.
O jornal Daily Caller (TDC) respondeu à parceria apontando para o fato de que o Facebook hospeda muitos sites que dirigem desejos de ódio ou morte para Rush Limbaugh, proeminente apresentador de programa de rádio conservador.
Andrew Noyes, porta-voz do Facebook, tentou explicar para o TDC o que parecia ser um padrão duplo, dizendo que “Declarações diretas de ódio contra determinadas comunidades violam nossa Declaração de Direitos e Responsabilidades e são removidas quando denunciadas a nós.
Contudo, organizações que expressam uma opinião sobre um estado, instituição ou conjunto de crenças — ainda que essa opinião seja ultrajante ou ofensiva para alguns — por si não violam nossas políticas. Quando uma organização criada para expressar uma opinião se envolver em expressões discriminatórias, nós removeremos os comentários odiosos e poderemos até remover a própria organização”. (Cf. reportagem do jornal Daily Caller)
http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/mar/10030107.html
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

terça-feira, 27 de novembro de 2012



É interessante como os ditados populares fazem parte da nossa cultura e expressam o que o povo pensa, pois, como muitos creem, "a voz do povo é a voz de Deus". Apesar de existirem alguns ditados verdadeiros, "nem tudo o que reluz é ouro"!


Um dos ditados populares a respeito de Deus diz: "Deus tarda, mas não falha". Há, inclusive, uma música intitulada "Quando Deus se cala", do grupo Voz da Verdade, o qual, como tem acontecido há um bom tempo, tem distorcido as verdades bíblicas. No trecho final, a letra diz: "Quando Deus se cala, tenha fé ó meu irmão/ Ele tarda, mas não falha, Ele vem com a solução"


Será que isso representa mesmo uma verdade? Vejamos:


"O Senhor não demora a fazer o que prometeu, como alguns pensam..." (2 Pedro 3.9)


Comparando o ditado popular com o que diz a Palavra de Deus, vemos que a ideia de que Deus "tarda" é fruto da visão superficial e imediatista do ser humano. O certo seria dizer: "Deus não tarda e não falha"!


É muito importante analisarmos o que a "voz do povo" diz. Sem a luz da palavra de Deus, estamos sujeitos a todo tipo de pensamento errado e que não agrada a Deus.

Mas o pior de tudo é quando temos a palavra de Deus nas mãos e não fazemos uso dela [isso é a maior tristeza]. Sem ela, corremos o risco de dar crédito àquilo que não é verdade. Por isso, sejamos estudantes da Bíblia


segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Os profetas veterotestamentários são percursores dos teólogos da libertação?

Vocês pisam no pobre e o forçam a dar-lhes o trigo. Por isso, embora vocês tenham construído mansões de pedra, nelas não morarão; embora tenham plantado vinhas verdejantes, não beberão do seu vinho. [Amós 5.11]

Por Gutierres Fernandes Siqueira

A pergunta acima merece um artigo acadêmico com várias análises exegéticas dos textos bíblicos, mas a proposta deste artigo é mais modesta. Agora, acho que a pergunta merece ser respondida, pois já vi várias vezes teólogos da libertação se colocando como herdeiros de uma tradição judaica de protesto. Será?

Quais são as diferenças entre os teólogos da libertação hodiernos e os profetas do passado?

1. Os profetas não aderiam a um sistema de governo. Eram a consciência crítica de qualquer governo opressor. 

É inegável que os profetas no Antigo Testamento eram críticos do sistema religioso, político e social de Israel. Eles não eram adeptos do status quo e muitos tiveram vários problemas com os nativos. Mas quem disse que os teólogos da libertação contemporâneos estão fora do sistema? Ora, em países como o Paraguai, Bolívia, Nicarágua, Colômbia e até no Brasil você encontra muitos desses teólogos como parte do governo central. Hoje, eles são a “nova elite”. Que eu saiba os profetas do passado não aderiram a nenhum governo, mesmo que esse governo fosse “progressista”. Os teólogos de hoje não veem a hora de uma “boquinha” do “governo popular”.

2. Os profetas criticavam os “altos impostos” como opressores. Os teólogos da libertação adoram impostos, mesmo que não admitam. 

Os teólogos da libertação não criticam os impostos porque são dependentes de um Estado inchado. O Leviatã precisa de muitos tributos para empregar diversos companheiros e sustentar políticas assistencialistas. Além disso, como acreditam no Capitalismo de Estado a dependência de estatais é forte e, claro, necessidade de uma fonte de recursos. Amós ficaria escandalizado com a carga tributária do nosso “governo progressista”. E por muito menos Israel queria rebelar-se de Roma.

3. Os teólogos da libertação instrumentalizam a ideia de “tuteladores” do povo. Os profetas denunciavam o pecado do povo. 

Com os profetas não havia romantização do povo. Aliás, a palavra “povo” é uma abstração autoritária, pois os maiores demagogos instrumentalizam tal expressão a fim de conquistar poder. Os profetas não tinham medo dos governantes e nem dos governados. Se havia pecado moral ou social eles eram contra e não importava que os praticava.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A cor de Deus

Deus tem cor, mas nenhuma cor encontra abrigo em Deus. 

A importância da cor se dá nos olhos de quem ver, por isso, 

Deus tem cor, porque Ele olha a todos, logo há espaço para 

todos no coração de Deus: negros, brancos, amarelos, 

vermelhos e pardos. Sim, A cor de Deus se reflete em cada

filho e filha que Ele contempla. Somente um "deus" sem cor 

pode dar importância ou privilegiar seu simpatizante. 

Portanto, no Reino de Deus, as cores são invisíveis, teremos 

corpos espirituais, pelo simples fato de poder contemplar a 

essência das coisas nas cores que encontramos, não por 

procurarmos, mas por ser óbvio. Quem procura uma cor irá

achá-la: no inferno, casa principal do preconceito. 

Até à próxima!

André Silva

segunda-feira, 12 de novembro de 2012



notsotraditionalIsto, caríssimos leitores, é o que a Ordem dos Advogados do Brasil e uma boa porção de nossos parlamentares, bem como a totalidade das organizações paragovernamentais LGBT, desejam para nosso País: a desconstrução da família, o alicerce da sociedade.

Existem algumas situações com as quais nos deparamos na sociedade atual que, a bem da verdade, enchem-nos de uma profunda e justificada indignação. Para nós, que assumimos publicamente e defendemos sem medo que aos homens não é possível nenhuma auto-afirmação legítima, sólida e saudável que seja divorciada da ordem moral, testemunhar as barbaridades perpetradas por aqueles que se encontram a diuturno serviço do espírito revolucionário é ultrajante. A multiplicidade de aspectos da nossa realidade, que tem sido minuciosamente seviciada há muito tempo, provocam em nós os mais díspares efeitos, da raiva mais inflamada ao pessimismo mais melancólico. Recorrer às letras, às imagens e ao som é sempre uma forma produtiva não apenas de extravasar esses sentimentos, mas de reagir ao que se passa, de alertar os circundantes sobre a gravidade dos acontecimentos.
Óbvio que nem todos são positivamente obrigados a indignar-se dessa forma. A ralé ralante – para usar uma expressão de Baltasar Gracián – a serviço da Revolução é matreira e sabe como fazer seu trabalho de um modo sutil, à surdina – o que torna nosso trabalho muito necessário. Entretanto, há algumas coisas que ultrapassam em tão larga medida o limite do meramente intolerável que, a bem da verdade, parecem ter a proeza de roubar-nos até mesmo a capacidade de articulação para o alerta e a denúncia. Essas coisas são tão absurdamente explícitas, tão ululantemente óbvias, que o que mais nos indigna não é tanto a sua natureza brutal, mas a pusilanimidade e a pasmaceira gerais diante delas.

Confesso que escrever essas linhas está sendo como tirar leite de pedra, pois estou justamente num desses momentos de estupefação – e, para quem combate o espírito revolucionário e seus sicários, impressionar-se com alguma coisa é algo cada vez mais difícil com o passar do tempo. A Comissão Especial da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em conjunto com a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, entregaram ao presidente do senado, José Sarney, em 23 de agosto, o anteprojeto doEstatuto da Diversidade Sexual (EDS). Composto de 111 artigos, o EDS é uma das peças mais grotescas e aviltantes já concebidas na história brasileira.
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Maria Berenice Dias (E), da OAB, entrega a Sarney o anteprojeto do EDS com Marta Suplicy.

Este artigo tratará dos pontos mais absurdos do texto feito pela OAB. Os trechos em negrito são grifos nossos.
Art. 13 – Todas as pessoas têm direito à constituição da família e são livres para escolher o modelo de entidade familiar que lhes aprouver, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
A Constituição Brasileira estabelece no § 3º do art. 266 que “é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. Se o STF, cujos ministros certamente foram vítimas de profunda crise coletiva de diverticulite encefálica, atropelou a Carta Magna ao estabelecer que, de acordo com o “espírito Constituinte”, a união homoafetiva é equivalente ao casamento entre homem e mulher, esse artigo do EDS esmigalha a letra constitucional sem piedade. Notem que o “modelo de entidade familiar que lhes aprouver” pode ser qualquer coisa: dois homens, duas mulheres, três homens, três mulheres, um homem e duas mulheres, uma mulher e dois homens... Não há limites – mesmo porque o EDS deixa implícito que a própria existência de limites seria um empecilho a esse suposto direito. Assim sendo, qualquer coisa poderá ser considerada união estável. Emblemática e ironicamente, no mesmo dia em que o anteprojeto do EDS foi apresentado a Sarney, um cartório de Tupã, interior paulista, lavrou uma escritura pública de união poliafetiva (sic) entre um homem e duas mulheres.
Art. 14 – A união homoafetiva deve ser respeitada em sua dignidade e merece a especial proteção do Estado como entidade familiar.
O anteprojeto não defende que a família, seja de que tipo for, mereça especial proteção do Estado, mas apenas a união homoafetiva. Não é fornecido nenhum argumento que justifique esse posicionamento, o que deixa margem a muitas especulações. A mais óbvia é de que o modelo tradicional de família – um homem e uma mulher unidos em matrimônio – não é digno da mesma proteção que a união homoafetiva merece. De duas, uma: ou a família tradicional é mais forte e demanda menos tutela do Estado, ou a ela é menos desejável para a sociedade em que vivemos.
Art. 32 – Nos registros de nascimento e em todos os demais documentos identificatórios, tais como carteira de identidade, título de eleitor, passaporte, carteira de habilitação, não haverá menção às expressões “pai” e “mãe”, que devem ser substituídas por “filiação”.
Esse é, certamente, um dos artigos mais estapafúrdios do EDS. A OAB parece demonstrar, nesse trecho, que qualquer menção à existência da família tradicional em documentos identificatórios deve ser suprimida por representar um símbolo anacrônico, lembrança de um modelo ultrapassado de organização humana que deve ser superada.
Art. 39 – É reconhecido aos transexuais, travestis e intersexuais o direito à retificação do nome e da identidade sexual, para adequá-los à sua identidade psíquica e social, independentemente de realização da cirurgia de transgenitalização.

Art. 40 – A sentença de alteração do nome e sexo dos transexuais, travestis e intersexuais será averbada no Livro de Registro Civil de Pessoas Naturais.

Parágrafo único – Nas certidões não podem constar quaisquer referências à mudança levada a efeito, a não ser a requerimento da parte ou por determinação judicial.
A vedação de toda e qualquer referência à mudança de nome da pessoa, considerada pelo EDS uma “retificação” – ou seja, a correção de um erro –, apenas reforça a ideia de que a identidade sexual da pessoa é algo construído socialmente. A OAB, autora do anteprojeto, demonstra considerar o ser humano uma tabula rasa, um objeto que pode ser modificado de qualquer maneira a depender das circunstâncias. Não deixa de ser uma ideia que, no fundo, remete à engenharia social.
Art. 62 – Ao programarem atividades escolares referentes a datas comemorativas, as escolas devem atentar à multiplicidade de formações familiares, de modo a evitar qualquer constrangimento dos alunos filhos de famílias homoafetivas.
O que isso significa na prática? As escolas terão de evitar a comemoração de efemérides como Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia dos Avôs e das Avós, ou fazê-las de modo que a família tradicional não receba o relevo e a atenção que merece – afinal, isso seria considerado preconceito indireto contra as uniões homoafetivas ou poliafetivas.
Art. 67 – É vedado inibir o ingresso, proibir a admissão ou a promoção no serviço privado ou público, em função da orientação sexual ou identidade de gênero do profissional.

Art. 68 – Quando da seleção de candidatos, não pode ser feita qualquer distinção ou exclusão com base na sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Esses dois artigos lembram analogamente uma situação que está ocorrendo nos Estados Unidos. O governo de Barack Hussein Obama sancionou uma lei que obriga todos os empregadores americanos – empresas públicas e privadas, com fins lucrativos ou não – a fornecerem medicamentos contraceptivos e abortivos a quaisquer funcionárias que os requisitem. Diversas organizações católicas que atuam na área educacional e no terceiro setor acionaram judicialmente a administração Obama, uma vez que isso fere a filosofia das entidades mantenedoras dessas organizações e representa uma afronta à liberdade religiosa nos Estados Unidos.
Com base nos dois artigos acima, organizações religiosas ficariam impedidas de escolher seus funcionários com base em critérios éticos congruentes com suas convicções religiosas, sendo virtualmente obrigadas a contar com um quadro de funcionários que não seja integralmente montado de acordo com seus próprios critérios.
Art. 106 – A participação em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio de:

I – inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social;

II – modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfrentamento e a superação das desigualdades decorrentes do preconceito e da discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero;

III – promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação e às desigualdades em todas as manifestações individuais, institucionais e estruturais;

IV – eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que impedem a representação da diversidade sexual nas esferas pública e privada;

V – estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às desigualdades, inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos públicos;

VII – implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das desigualdades no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros.
Se existem sistemas de cotas raciais para acesso ao ensino superior público e concursos públicos, por que não estabelecer cotas sexuais? É justamente isso que esse artigo do EDS propõe. Não apenas isso: também estabelece acesso privilegiado a recursos públicos tendo como único critério a identidade sexual.

Isto, caríssimos leitores, é o que a Ordem dos Advogados do Brasil e uma boa porção de nossos parlamentares, bem como a totalidade das organizações paragovernamentais LGBT, desejam para nosso País: a desconstrução da família, o alicerce da sociedade. Caso o Estatuto da Diversidade Sexual, esse folhetim de natureza inegavelmente inconstitucional e imoral, chegar a ser aprovado, o potencial efeito desagregador que isso terá no Brasil será algo inimaginável. Se a situação está crítica agora, ela será um sonho idílico comparado com o que está por vir.

Por: Felipe Melo edita o blog da Juventude Conservadora da UnB.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Idolatria gospel: um show de horrores


Qualquer cristão que tem o mínimo de conhecimento bíblico entende que Deus odeia a idolatria. Em 1 Coríntios 6.9, Deus alerta que os idólatras não herdarão o Reino dos céus. Em outra parte das escrituras lemos: “Não terás outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20.3). Podemos ficar horas e horas citando trechos bíblicos acerca da mesma verdade: Deus quer estar em primeiro lugar de nossas vidas. Aqueles que querem ser verdadeiros adoradores deverão ter olhos para um só Deus. Isso é uma verdade inquestionável.

Também é verdade que a Igreja precisa ter modelos, precisa ter exemplos de vida com Deus, exemplos em todas as áreas de liderança, pastoral, nas artes, missões etc. A estas pessoas, chamamos de referenciais. Paulo era um referencial de sua época: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam”. (Filipenses 3.17). Precisamos ter líderes que nos dirijam, que nos abençoem, que nos ajudem a chegar aos níveis já alcançados por eles, que nos deem um norte em Deus.

Referenciais têm um enorme poder de influência sobre as pessoas como um todo. É por isso que quando algum destes referenciais cai em pecado, muitas pessoas caem em desilusão e os mais fracos tendem a abandonar a fé. Em geral, o povo é abalado quando um líder ou um referencial de grande influência comete falhas em público. E quanto maior a “bomba”, maior é o estrago. A Bíblia alerta: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado...” (2 Coríntios 6.3).

Um erro grandioso que a Igreja de hoje tem cometido e sofrido sérias consequências é o pecado da idolatria. E fazemos isso dando uma série de boas desculpas esfarrapadas. Por exemplo, quando quero idolatrar meu cantor gospel preferido, exaltando-o sobre as alturas, falo às pessoas que ele é um grande homem de Deus, um referencial para mim. Aí faço dessa pessoa meu ídolo, tendo em casa um altar para ele, com todos os seus CDS e livros, com todos os seus artigos escritos, com uma foto autografada, uma camisa do fã-clube e outros apetrechos que farão parte do meu devocional a este ídolo. Assim, a pessoa acaba se tornando um idólatra, tornado seu próprio irmão na fé num deus. Atenção: Adorar também significa “devotar a vida”.

Não há outras palavras para se dizer uma verdade dura que já está sendo ecoada no Brasil: a Igreja brasileira fez de seus referenciais grandes ídolos como o bezerro de ouro erguido pelo povo de Israel no deserto (Êxodo 32,4). Isso nós fizemos e por isso estamos pagando um preço tão caro. A Lei da Semeadura está valendo ainda hoje. A Igreja plantou idolatria, vai colher coisa ruim, maldição, destruição. Disto não duvidamos.

A Idolatria Evangélica Gospel Brasileira permitiu este show de horrores:

- Ídolos gospel que não “ministram” por menos de 15, 20, 30 mil reais.

- Ídolos gospel que decidiram, por loucura própria, fazer uma lista de exigências que nem Jesus, Paulo ou João fizeram quando exerciam seu ministério: hotéis 5 estrelas, frutas tropicais, água mineral de marcas específicas, dezenas de seguranças, carro blindado... E outras coisas que não vou pôr aqui, pois alguns não vão acreditar em mim.

- Ídolos gospel que são indiferentes e preconceituosos com certas cidades, regiões, raças, e condição espiritual. Por exemplo: tem gente que não “ministra” em certos lugares porque há muita frieza espiritual, eles só querem “ministrar” em lugares que já estão “avivados”.

- Ídolos gospel que se isolam da liderança espiritual de sua igreja para não precisar responder a ninguém sobre seus trambiques e pecados. Aparentemente chegaram num nível tão alto que não precisam mais de pastor e de igreja para acompanhá-los, agora podem caminhar sozinhos. Por isso temos visto tanto insubmissão e rebeldia em “ministério grande”.

Quem é o responsável por este show de horrores? Quem é o culpado? Penso que o culpado somos todos nós que fazemos parte da igreja, pois temos alimentado nossos ídolos. Damos a eles o que eles pedem, e é por isso que as exigências aumentam a cada dia. Enquanto pagamos 25 mil reais pra um irmão cantar num evento, deixamos missionários morrerem de fome aqui no Brasil e lá fora. E ainda dizemos: se o missionário passa fome, é porque está em desobediência. Quanta hipocrisia!

A coisa está tão feia que ninguém pode denunciar os pecados da igreja. Se alguém se levanta contra essa pouca vergonha dos absurdos cachês e exigências, dos pecados escondidos, da rebeldia contra os pastores, da idolatria descarada, da tietagem é rapidamente apedrejado pelos idólatras daquele determinado “deus gospel”. É igualzinho no Velho Testamento: “não desrespeite o meu deus que eu não desrespeito o seu”.

Meus irmãos, não me entendam mal. Não me interpretem mal. Estou aqui tecendo pesadas críticas contra a idolatria. Estou denunciando o pecado, não o pecador! É disso que tenho nojo, e é contra este terrível pecado que temos que lutar. Se a Igreja não acordar, colherá frutos tenebrosos. Se nós sabemos da existência de um Deus verdadeiro, se conhecemos o seu amor, e o trocamos deliberadamente por outros deuses, vamos pagar caro por isso. Aliás, já estamos pagando caro por isso!

Precisamos urgentemente de referenciais que apontem para Deus. Precisamos de mártires. Precisamos de humildade, simplicidade e pureza de espírito. Precisamos nos arrepender. Precisamos saber que “... o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Filipenses 1.21)

"Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes." (Gênesis 35.2)


segunda-feira, 9 de julho de 2012


"O tempo de dançar chegou"


Bem, para mim nunca foi e nunca será tempo de dançar. Mas tenho de ser convincente em minhas explicações, uma vez que os amantes da dança (que já devem ser maioria) ficarão muito bravos comigo...
Por que o tempo de dançar não chegou e nunca chegará, pelo menos para quem deseja andar segundo as Escrituras? Por várias razões.
1) Ao longo da História, a dança nunca esteve presente na liturgia das igrejas cristãs. É claro que uma ou outra pessoa falava em “dança no Espírito”, e outras até cantavam, sem dançar, o famoso corinho “Se o Espírito de Deus se move em mim, eu danço como Davi”. Por que agora esse assunto tão controvertido deve ser tratado como natural? Por que a dança é agora tão essencial para um culto de louvor a Deus?
2) A Palavra de Deus diz que há diversidade de ministérios (1 Co 12.5), mas não nos esqueçamos de que isso alude à maneira multiforme de o Espírito Santo atuar. Essa menção de modo algum apóia todo e qualquer ministério inventado por pessoas que querem fazer prevalecer as suas preferências pessoais. Na Bíblia não há apoio ao chamado ministério da dança.
3) Os defensores da dança citam Miriã e Davi, mas as suas atitudes e ações, conquanto não tenham sido reprovadas por Deus, deram-se fora do culto coletivo a Deus. Foram atos patrióticos, pelos quais extravasaram a sua alegria. Daí o próprio Davi, ao organizar o culto, juntamente com Asafe, não ter feito nenhuma menção à dança, estabelecendo apenas cantores e músicos (1 Cr 25.1).
4) Não há base bíblica para se introduzir danças no culto, tampouco chamá-las de ministério, como muitas igrejas estão fazendo. Há até exceções, como as coreografias infantis e adolescentes, feitas de maneira esporádica ou em ocasiões especiais. Mas as exceções não devem se transformar em regra, gerando modismos injustificáveis.
5) Não existe sequer um versículo nos mandando ou nos autorizando a dançar na casa de Deus! No Novo Testamento não há nenhum incentivo à sua introdução no culto.
6) Os dois únicos textos que poderiam — supostamente — ser usados como incentivo à dança estão nos Salmos 149 e 150, no Antigo Testamento. Mas não são passagens que falam propriamente da dança no culto da igreja do Senhor.
Alguns exegetas até discutem se o termo original traduzido em algumas versões em português para “dança”, nos textos mencionados, significa flauta ou harpa. Entretanto, mesmo aceitando-se que os Salmos 149 e 150 aludem à dança entre os hebreus — o que não seria nenhuma novidade (Jz 11.34; Ec 3.4; Lm 5.15) —, eles nada têm que ver, diretamente, com o culto do Novo Testamento.
A mensagem da Bíblia se dirige a três povos: judeus, gentios e igreja (1 Co 10.32). E nem sempre um mandamento pode ser considerado “universal”, isto é, para todos. Se aplicarmos a nós o que dizem os tais Salmos, na íntegra, teremos de louvar a Deus com uma espada na mão e tomar vingança das nações, literalmente! “Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus e espada de dois fios, nas suas mãos, para tomarem vingança das nações e darem repreensões aos povos, para prenderem os seus reis com cadeias e os seus nobres, com grilhões de ferro” (Sl 149.6-8).
Alguém dirá: “Ora, tudo isso pode ser aplicado de maneira figurada”. É mesmo? Então por que a dança deve ser aplicada de modo literal? Por que empunhar uma espada e tomar vingança das nações é figurado, e dançar não?! Por que não consideramos, então, que devemos dançar espiritualmente, e não com o corpo? É mais fácil priorizar preferências pessoais, para depois encontrar na Bíblia versículos isolados em apoio a invencionices?
7) Muitos têm citado 1 Coríntios 6.20 como apoio à dança no culto. Dizem que devemos glorificar a Deus com o corpo. Sabe o que é isso? Torcer a Palavra de Deus, fazendo-a dizer o que não diz. A simples leitura do contexto da passagem é suficiente para demonstrar que ela nada fala acerca da dança. Glorificar a Deus com o corpo significa não pecar contra o Senhor por meio do corpo (vv.18-20)!
9) A dança no culto também não é uma questão cultural, como muitos pensam. Não é porque o brasileiro tem samba no pé que deve sambar na casa de Deus. Isso seria secularizarismo ou dessacralização, à luz de Romanos 12.1,2; Tiago 4.4; 1 João 2.15-17.
10) Nas Escrituras não há — repito — nenhuma passagem que apóie a dança no culto neotestamentário. “Ah, mas eu quero dançar, gosto de fazer isso e tenho certeza de que Deus a receberá”, alguém poderá argumentar. Ora, quem quiser, que dance e assuma a responsabilidade diante de Deus. Mas não diga que o culto precisa de danças para agradar ao Senhor. As nossas reuniões sobreviveram sem danças durante muito tempo.
11) Em várias igrejas, as danças só vêm sendo incorporadas ao culto porque lhes falta o principal: salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação (1 Co 14.26). Um culto não pode sobreviver sem a genuína manifestação do Espírito, a Palavra de Deus e os verdadeiros louvores. Sem dança, ele subsiste — sempre subsistiu, ao longo da História.
12) Se nos conscientizarmos de que o culto é para Deus, e não para agradar pessoas; e se nos convencermos de que a maneira de Deus falar, no culto, não é por meio de danças, e sim pela Palavra, tudo ficará mais fácil, não é mesmo?

"E Ele vem, e Ele vem saltando pelos montes" (2 vezes)

Quem vem? Ah, sei... linguagem figurada. Cantares de Salomão? Sei... É... de fato, é um livro rico em figuras de linguagem... Algo errado? Não, não. Afinal, o que vale é o estilo dançante, não é mesmo? O que é gostoso nessa canção é batida, o ritmo... Bem, em resumo: essa canção balança o corpo, mas não balança o coração. Prefiro seguir ao exemplo do salmista (Sl 57.7).

"E seus cabelos e seus cabelos são brancos como a neve (2 vezes); e nos seus olhos e nos seus olhos há fogo; incendeia Senhor a sua noiva; incendeia Senhor a sua igreja; incendeia Senhor a sua casa; vem me incendiar!"

Meu Deus! Que "viagem"... O Noivo do livro de Cantares, que estava saltando pelos montes, reaparece como descrito em Apocalipse 1... O que é isso?
O que dizer de uma canção “evangélica” cuja letra diz “Incendeia, Senhor, a sua noiva.../ Ele vem, ele vem saltando pelos montes.../ Seus cabelos, seus cabelos são brancos como a neve”? Ora, não podemos nos valer da aplicação do poder de Deus como fogo para dizer que Ele incendeia a sua noiva... A Bíblia emprega a linguagem figurada, porém tudo tem limite. Que Deus é esse, que, além de incendiar a Igreja, vem saltando pelos montes?
Bem, resumindo: essa canção, tão cantada por evangélicos, possui um ritmo arrastado e uma batida repetitiva, o que produz um “clima” de descontração, e não de louvor a Deus! Precisamos decidir: O que vamos fazer no templo, louvar a Deus ou buscar entretenimento? Com toda a franqueza, quem quiser diversão, deve procurá-la em outros lugares, pois o templo é lugar de oração, louvor e ensino da Palavra (At 2.42-47; 5.21).

Respeitosamente,

Ciro Sanches Zibordi

sábado, 28 de abril de 2012



DEUS HABITA ENTRE QUE LOUVORES?






Deus habita nos louvores de Seu povo.

No entanto, tais louvores não são cânticos como cânticos, mas adoração proveniente de corações quebrantados e contritos.

O louvor no qual Deus habita é toda expressão do ser (do coração) tomado de amor e gratidão; e que faz isso em humildade e simplicidade, pois, Deus não se “empolga” com cânticos sem coração, posto que o único instrumento que faz a voz do homem ouvida por Deus é o coração.

Deus habita entre louvores como louvor de passarinho.

Sim! O louvor que agrada a Deus é aquele que se assemelha à gratidão de passarinhos cantantes — só que como somos humanos, seria como o cantar de passarinhos conscientes da Graça que lhes trás provimento todos os dias.

Assim, quando se diz que Deus habita entre os louvores de Seu povo, não se fala de outro povo que não o povo quebrantado e contrito, e que louva não como o faziam os soldados de Alexandre, o Grande, ou de César, ou de qualquer outro conquistador.

O louvor a Deus é o gorjeio da alma simples e grata!

Na gritaria de canções para “Deus” que se assemelham à jactância dos que ganharam porque derramaram o sangue do inimigo, Deus mesmo não está.

Podem-se ajuntar milhões cantando e gritando, mas, se neles não houver a singeleza do louvor do gorjeio dos passarinhos, tais vozes não chegarão ao coração de Deus.

O louvor que enche o coração de Deus é simples, quebrantado, singelo, espontâneo, e não conhece performance.

O que passar disso é apenas exercício vocal feito pelo entusiasmo da carne e estimulado pela ufania da religião que diz: “Cante; pois Deus gosta de música e de canções que digam que “Ele” é o “máximo”.”.

Bobagem!

Texto de Caio Fábio de Araújo Filho.

O Sermão da Montanha: Pare, leia e reflita!


Se o Sermão da Montanha, em Mateus 5, é ou não relevante para a vida moderna, só se pode julgar através de um detalhado exame do seu conteúdo. O que salta à vista é que, não importando como ele foi composto, forma um todo maravilhosamente coerente. Descreve o comportamento que Jesus esperava de cada um dos seus discípulos, que são também cidadãos do reino de Deus.
Vemos como Jesus é em si mesmo, em seu coração, em suas motivações, em seus pensamentos, e também quando afastado, sozinho com o seu Pai. Vemo-lo na arena da vida pública, relacionando-se com o próximo, exercendo misericórdia, patrocinando a paz, sendo perseguido, agindo como sal, deixando a sua luz brilhar, amando e servindo aos outros (até mesmo aos seus inimigos), e dedicando-se acima de tudo à expansão do reino de Deus e da sua justiça no mundo.
Talvez, uma rápida análise do Sermão ajude a demonstrar a sua relevância para nós.

1. O caráter do cristão (5.3-12)

As bem-aventuranças enfatizam oito sinais principais da conduta e do caráter cristãos, especialmente em relação a Deus e aos homens, e as bênçãos divinas que repousam sobre aqueles que externam estes sinais.

2. A influência do cristão (5.13-16)

As duas metáforas do sal e da luz indicam a influência que os cristãos devem exercer para o bem na comunidade se (e tão somente se) mantiverem o seu caráter distinto, conforme descrito nas bem-aventuranças.

3. A justiça do cristão (5.17-48)

Qual deve ser a atitude do cristão para com a lei moral de Deus? Ficaria a lei propriamente dita abolida na vida cristã, como estranhamente afirmam os advogados da filosofia da "nova moralidade" e da escola dos "não-mais-sob-a-lei"? Não. Jesus não tinha vindo para abolir a lei e os profetas, disse ele, mas para cumpri-los. E mais, ele chegou a declarar que a grandeza no reino de Deus se media pela conformidade com os ensinamentos morais da lei e dos profetas, e que até mesmo entrar no reino era impossível sem uma justiça maior do que a dos escribas fariseus (5.17-20). Jesus deu, então, seis ilustrações desta justiça cristã melhor (5.21-48), relacionando-a com o homicídio, com o adultério, com o divórcio, com o juramento, com a vingança e com o amor. Em cada antítese ("Ouvistes que foi dito... eu, porém, vos digo..."), rejeitou a acomodada tradição dos escribas, reafirmou a autoridade das Escrituras do Velho Testamento e apresentou as decorrências plenas e exatas da lei moral de Deus.

4. A piedade do cristão (6.1-18)

Em sua "piedade" ou devoção religiosa, os cristãos não devem se acomodar nem com o tipo hipócrita dos fariseus, nem com o formalismo mecânico dos pagãos. A piedade cristã deve se destacar acima de tudo pela realidade, pela sinceridade dos filhos de Deus que vivem na presença de seu Pai celestial.

5. A ambição do cristão (6.19-34)

O "mundanismo" do qual os cristãos devem fugir pode ter aparência religiosa ou secular. Por isso, devemos ser diferentes dos não-cristãos, não apenas em nossas devoções, mas também em nossas ambições. Cristo modifica especialmente a nossa atitude para com a riqueza e os bens materiais. É impossível adorar a Deus e ao dinheiro; temos de escolher um dos dois. As pessoas do mundo estão preocupadas com a busca do alimento, da bebida e do vestuário. Os cristãos devem ficar livres destas ansiedades materiais egocentralizadas e, em lugar disso, devem dedicar-se à expansão do governo e da justiça de Deus. É o mesmo que dizer que a nossa ambição suprema deve ser a glória de Deus, e não a nossa própria glória, nem mesmo o nosso próprio bem-estar material. É uma questão do que buscamos "em primeiro lugar".

6. Os relacionamentos do cristão (7.1-20)

Os cristãos estão presos em uma complexa teia de relacionamentos, todos eles partindo do nosso relacionamento com Cristo. Quando nos relacionamos devidamente com ele, os nossos demais relacionamentos são todos afetados. Novos relacionamentos surgem, e os antigos se modificam. Assim, não devemos julgar o nosso irmão, mas servi-lo (vs. 1-5). Devemos também evitar oferecer o evangelho àqueles que decididamente o rejeitam (v. 6); devemos continuar orando ao nosso Pai celestial (vs. 7-12) e tomar cuidado com os falsos profetas, que impedem que muita gente encontre a porta estreita e o caminho difícil (vs. 13-20).

7. Uma dedicação cristã (7.21-27)

O último item apresentado pelo todo do Sermão relaciona-se com a autoridade do pregador. Não basta chamá-lo de "Senhor" (vs. 21-23) ou ouvir os seus ensinamentos (vs. 24-27). A questão básica é se nós somos sinceros no que dizemos e se fazemos o que ouvimos. Deste compromisso, depende o nosso destino eterno. Só quem obedece a Cristo como Senhor é sábio, pois quem assim procede está edificando a sua casa sobre o alicerce da rocha, que as tempestades da adversidade e do juízo não serão capazes de solapar.
As multidões ficaram perplexas com a autoridade com que Jesus ensinava (vs. 28, 29). É uma autoridade à qual os discípulos de Jesus de cada geração devem se submeter.
A questão do senhorio de Cristo é relevante hoje em dia, tanto com referência a princípios como à aplicação prática, da mesma maneira que o era quando originalmente ele pregou o Sermão do Monte.

Retirado do livro Contracultura Cristã, de John Stott

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nadez em alto estilo: uma geração medíocre

que não tem nada na cabeça


Nadez. Não é nudez. É nadez mesmo. É um conceito da filósofa Gertrude Stein. Ela criou o neologismo referindo-se ao vazio interior das pessoas, que lhes dá uma vida incolor. Elas necessitam de motivações, mas não querem causas que exijam engajamento. Também não querem estudar, e receiam coisas profundas. São superficiais e vegetativas. Alimentam-se do vazio e do nada. Isto é a nadez.

Quer ver exemplos de nadez? Selecionei, em três sites, notícias publicadas no dia 7 de janeiro.

FOLHA.COM: (1) Fernanda Paes Leme curtiu o mar neste sábado; (2) DiCaprio apresentou nova namorada à mãe; (3) Marco Rizza se aborrece e levanta dedo para paparazzo.

IG: (1) Famosos levam seus bebês ao teatro no Rio; (2) Cláudia Jimenez e Miguel Falabella jantam juntos no Rio de Janeiro; (3) Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert curtem peça.

UOL: (1) Paula Abdul termina relacionamento com Braston; (2) Top Ana Beatriz Barros vai à praia com namorado; (3) Filme fez Scarlett Johansson parar de comer carne.

Tirando-se DiCaprio, que conheço pelo filme “Titanic”, se trombasse com os demais na rua não saberia quem são. Vez por outra encontro alguns desses famosos em vôos ou aeroportos. São-me tão conhecidos como eu para eles. Um cantor chamou-me de alienado, porque eu não sabia quem ele era.

São notícias típicas da cultura nadez. Dão às pessoas a sensação de estarem informadas, de estarem por dentro dos bastidores. Sabem coisas. Banais e inúteis, mas sabem. Ajunte-se a isso o prazer que bisbilhotar a vida alheia dá e eis a realização da pessoa da cultura nadez. Ela se sente ocupada e tem uma sensação de cultura. Seu vazio intelectual, emocional e espiritual é preenchido com o nada.

Parece-me, sem querer ser maldoso, que estão surgindo uma cultura e uma geração medíocres. Fui pré-adolescente e adolescente nos anos 60. Aquela geração foi às ruas protestar. A geração de hoje vai aos shoppings consumir. Aquela queria transformar o mundo. A atual quer o melhor do mundo. O ideal cedeu espaço para o desfrute. Falta de grandeza. Mas meu grande receio é que a nadez esteja migrando para as igrejas. As pessoas querem agito, mas não reflexão. Querem sensações, mas não estudo. Nada de “pesado” deve ser pregado. Sermão expositivo? Nada disso! Que tal algumas historinhas? A mensagem e o culto devem ser “light”, como as notícias dos sites. O estudo bíblico cede lugar ao “compartilhamento”, um momento em que cada um conta uma história em que, geralmente, é o herói.

Fui a uma reunião de estudo bíblico na qual as pessoas estavam sem Bíblia. Disseram-me, candidamente, que seu costume era o de compartilhar sua semana uns com os outros. É uma boa prática, mas não deveria receber o nome de “estudo bíblico”. O livro texto não era a Bíblia, mas as pessoas. Não se estudava a Bíblia. Papeava-se. Em muitos cultos nadez, as pessoas ouvem alguma coisa sobre Deus e cantam alguma coisa sobre ele. Mas nada “denso” (como alguém me recomendou para pregar), nada comprometedor. Tudo suave. Tudo nadez. Alguns de nossos cânticos são nadez pura. O próprio enfoque da vida cristã não é mais o de ideal, mas o de desfrute: como ser abençoado, como conseguir o melhor na vida material, seguindo alguns bons conselhos espirituais.

A vida cristã passou a significar uma vida tranquila, cheia de coisas, e não o investimento da vida e dos bens no reino, num compromisso com o Evangelho e com a igreja de Jesus. Nadez espiritual.

Nadez cultural já é lastimável. Mas nadez espiritual é pior. Ilude a pessoa. Leva-a a sentir-se realizada com migalhas que caem da mesa, e não com o pão farto. Leitor, você está na fase da nadez ou do tudez? Não tenho a envergadura de uma Gertrude Stein, mas deixe-me criar um neologismo. O tudez vem do esquecido hino “Tudo, ó Cristo, a ti entrego, tudo, sim, por ti darei”. Tudez dá realização. Nadez é engodo. Opte pelo tudez.

Pr. Isaltino Gomes

domingo, 11 de março de 2012

Você sabe por que Deus é luz?



Uma das grandes declarações da Bíblia é: Deus é luz (1 Jo 1.5). É verdade que nós somos a luz do mundo, mas Deus é luz em sua autorrevelação ao homem. Deus é amor em sua obra de salvação redentora. A síntese do ensino de Jesus acerca de Deus é que Ele é luz. A luz ilumina, aquece, purifica e alastra. Ela traz conhecimento da verdade e resplandece nas trevas da ignorância. O que isto pode nos ensinar?


1. Deus é luz no sentido de que é da sua natureza revelar-se. Só conhecemos a Deus porque Ele se revelou. É de sua natureza revelar-se, assim como a propriedade da luz é brilhar. Dizer que Deus é luz significa que não há nenhuma coisa secreta, furtiva e encoberta ao seu redor. Deus quer que os homens o vejam e o conheçam.


Deus se revelou na criação, na consciência, nas Escrituras e em Jesus, o verbo encarnado. O conhecimento de Deus não é um privilégio apenas de um grupo seleto e iluminados pelos mistérios do gnosticismo, mas é franqueado a todos que contemplam seu Filho, a luz do mundo.


2. Deus é luz no sentido de sua perfeição moral absoluta. Deus é santo e puro. Não há mácula em seu caráter. Ele é imaculado. Ele é puríssimo em seu ser, em suas palavras e em suas obras. Na há trevas que ocultam algum mal secreto em Deus nem sombra de alguma coisa que tema essa luz. O apóstolo João diz que não há Nele treva alguma.


3. Deus é luz no sentido de que nada pode ficar oculto aos seus olhos. Deus é luz e habita em luz inacessível (1 Tm 6.16). A luz penetra nas trevas e as trevas não podem prevalecer contra ela. Deus é onisciente e para Ele luz e trevas são a mesma coisa. Ele a tudo vê, a todos sonda e nada escapa do seu conhecimento. A luz penetra nas trevas e as dissipa. É impossível esconder-se de Deus, seja nos confins da terra, seja nas profundezas do mar.


4. Deus é luz no sentido de que não há nEle treva nenhuma. Nos escritos de João, trevas têm uma conotação moral. Trata-se da vida sem Cristo (Jo 8.12). As trevas e a luz são inimigas irreconciliáveis (Jo 1.5). As trevas expressam a ignorância da vida à parte de Cristo (Jo 12.35,46). As trevas significam a imoralidade da vida sem Cristo (Jo 3.19). As trevas apontam para o desamor e o ódio (I Jo 2.9-11). Aquele que é puro em seu ser e santo em suas obras não pode tolerar as trevas nem ter comunhão com aqueles que vivem nas trevas.


Portanto saia das trevas, e venha para a Luz, Jesus, que disse ser a Luz do mundo e nos convida a seguirmos seus passos.

Pr. Marcelo Oliveira