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sábado, 31 de janeiro de 2009


A mão que não balança o berço



O que está acontecendo com os nossos jovens? Essa pergunta é unânime em todos setores da sociedade, embora eu prefiro trazer um olhar sobre jovens de outra sociedade, os jovens de Deus. E me arrisco aqui em dizer que fomos um dia de outra sociedade, mesmo vinculado à principal: o mundo.
No passado, a sociedade era bem mais cruel que hoje, a violência tinha outro patamar, quem fosse louco que ousasse não obedecer às ordens do rei, seria jogado na masmorra, em trabalhos forçados, devorados em arenas, decapitados e mortos; hoje temos toda liberdade. Outra característica das sociedades antigas é que o volume de prostituição e desagregação dos valores morais também eram maiores que hoje, os bacanais e as variadas culturas provam isso, (Gênesis 6) a vontade da carne era estabelecida para fortalecer o bel prazer dos deuses da época; nessa direção, a sociedade viveu esse tempo todo cultuando deuses e deusas no melhor estilo: com festas, enquanto o vinho e outras bebidas eram muito mais comercializados que a cerveja de hoje que precisa apelar em comerciais, usando a imagem de uma mulher quase nua para vender o seu produto, mas isso também tem na história universal um porquê, por isso quero começar dizendo que festas, prostituição, a extinção de valores éticos e morais não é nem de longe uma desculpa para um desvio comportamental de nossos jovens hoje, uma vez que tudo isso era bem mais presente, latente e impactante nas antigas civilizações, a questão era: a mão que balançava o berço.
Com isso, observamos que a sociedade moderna com tanta tecnologia e avanços científicos é uma mera cópia do passado, afinal: "não existe nada de novo debaixo do sol", afirmou Salomão. (Eclesiastes 1.9) É bem verdade que houve avanços, mas onde estão os resultados?
Os resultados também não são diferentes do passado, os séculos XVI e XVII foram de trevas e pouco equilíbrio comportamental, viver o momento presente era a ordem e em seguida pedir perdão, isso era rotina, quando no século XVIII e XIX o Racionalismo trouxe a frieza aos corações apegando-se aos bens materiais e mais tarde o capitalismo foi inevitável até hoje; jovens alienados, homens egoístas, mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, violência latente, desapego aos bons costumes, conceitos morais deturpados, ganância e outras cenas visíveis hoje (1ª Timóteo 3.1-5) não são cenas novas.
Fico imaginando se o jovem Daniel estivesse presente entre nós, será que ele usaria a roupa da moda para satisfazer o grupo? Ficaria três vezes ao dia sem conversar com Deus para entrar no bate - papo e no orkut ou será que iria três vezes na semana a uma academia de ginástica para deixar o corpo sarado. (Daniel 1.8,9) E se José, filho de Jacó estivesse entre nós, na cultura de hoje, sozinho numa casa com uma mulher linda chamando por ele, será que ele fugiria? Será que José nem daria importância em ser chamado de "homossexual" pelos amigos nessa cultura machista por deixar escapar a beldade que era a mulher de Potifar ou ele deitaria com ela para ganhar o troféu de homem potente, troféu esse que os pais de hoje tentam dar aos filhos. "Prendam suas cabritas porque o meu bode está solto" infelizmente, não é assim que dizem alguns pais?
Cá pra nós, só sendo muito ingênuo para acreditar que lá na sociedade de José e Daniel os hormônios da adolescência não explodiam de desejo, que as mulheres não se vestiam de forma sensual, só sendo muito ingênuo ou não leitor para não perceber que as armadilhas da carne no passado eram as mesmas de hoje com roupa nova. Porém, onde está o diferencial?
Peço a alguns pais e líderes que olhem para suas mãos e atitudes, porque não estão mais balançando o berço, começaram a criar filhos para darem resultados nessa cultura relativista e afastada de Deus. Desde o ventre, os pais estão desejando criar filhos para sociedade, para serem modelos, grandes homens e mulheres de destaque social sem ser destaque espiritual: sal e luz.
No passado, Ana chegou entregar o próprio filho a Deus, os homens de Deus criavam filhos para serem adoradores exclusivos do Pai Celestial, por isso que os Josés e Daniel estão escassos nas ruas, nas escolas, trabalho, faculdade, pois só estão os ensinando a cantar música gospel nos conjuntos, enquanto os princípios que nasce no balançar do berço foram transferidos para escola secular ou para uma hora de culto de doutrina e as conseqüências estão ai: jovens que nascem em berços cristãos, mas não sabem quem é Jesus, não se têm uma experiência pessoal, sabem só de ouvir falar e a igreja, por sua vez, que lá em Atos 2.46 caia na boca e na graça do povo, hoje é motivo de chacota, por falta de unidade e singeleza no coração.
Outro diferencial são as causas e efeitos dessa cultura. As causas são as mesmas, mas hoje nossos deuses são outros os de ordem econômica; observem que os políticos e homens influentes da sociedade estavam lá com Sadraque, Mesaque e Abede - Nego, não se engane, não foi apenas a sentença de morte que saiu da boca do rei, vejo mais além neste texto; (Daniel 3) para satisfazer a vontade dos deuses e dos homens, cargos políticos foram oferecidos em troca, dinheiro, vida fácil no palácio e fama para que aqueles jovens fizessem a sua vontade, igualzinho aos dias de hoje, quando os homens de Deus, muitas vezes se vendem ou trabalham pelo status que o cargo eclesiástico pode oferecer. Eis o efeito de causa - conseqüência: a mensagem de João Batista tinha a mesma fonte das mensagens de hoje, mas João Batista não dava palestra de auto ajuda, nem transformava o rio Jordão em consultório psicológico, ele dizia: arrepende-te! João Batista hoje jamais diria "não importa o que você está fazendo, a vitória é sua", mas com certeza diria: A árvore que não produzir um bom fruto será cortada e jogada no fogo. (Mateus 3.10) Mudaram a mensagem, o estilo, mudou a época, mudaram os conceitos sem perceber que eles são os mesmos.
Onde estão os jovens do passado? Aqueles os quais salgavam a sociedade ditadora de costumes, que não se curvavam, se preciso fosse morriam por amor a Deus, onde eles estão hoje? Estão perdidos, muitos, dentro da própria casa. Onde está a igreja que era luz? Infelizmente a cultura dessa sociedade está ditando a regra até entre nós, igreja viva, fomos atraídos pela cultura e não pelo evangelho, por isso muitos estão com a sua luz brilhando, mas debaixo da mesa.
É por esses e outros motivos que podemos afirmar: a mão não balança mais o berço e inverteram a posição, não estão balançando o berço e reconstituindo vidas que estavam mortas, mas deixaram de balançar uma alma para se preocupar com números, estão deixando de balançar o berço e sair dos templos por amor às almas, para temperar e salgar a gosto a mensagem da noite para quem quiser escutar; deixaram de balançar o berço da comunhão, da preocupação com as ovelhas, para manobrar papéis, transformando a igreja viva em empresa de lucros e resultados, estão deixando de balançar o berço e vestindo Jesus com outra roupa, estereotipando sua essência, mas esquecendo que seu amor e justiça por todos aqueles que fazem sua vontade será como surpresa e tapa sem mão aos que forçosamente investem nas placas e esquecem que Cristo investiu na graça. (Gálatas 5.14; 6.15)
Voltemos a balançar o berço, temos o sopro de vida a cada manhã, embasados no Evangelho genuíno de Cristo, envoltos a um coração quebrantado igual a Davi nos Salmos 51 e retornando a prática de conversar e depender mais dAquele que tudo entende de sociedade: Jeová Deus. Dessa forma, teremos nesses fins de tempo, novos Josés, Daniel, muitos jovens Sadraques e muitos pais e obreiros convictos de seus papéis em unidade, conscientizando mais, sendo um atalaia de voz forte (Ezequiel 33), porque maior é o que está conosco, irmãos; ainda podemos balançar o berço, mesmo que devagar, não tem problema, chegar ao céu é um resultado árduo da qualidade de um grupo e não de quantidade. (Mateus 22.14) Então, balance o berço agora e você que está lendo, faça a sua parte, seja mais um e diga não a filosofia da sociedade e sim à vontade de Deus, agora, hoje e sempre, balancemos o berço como no passado para produzirmos novos personagens vivos, cheios de autoridade contra o mal, cheios do Espírito Santo de Deus para vencer a carne, vencer os manjares saborosos do mundo, esse é o nosso desafio agora: balance o berço novamente.

Até à próxima!
André Silva

sábado, 24 de janeiro de 2009

Qual o mundo do seu reino?





O Reino de Deus não é uma agencia promotora, não é uma empresa, um clube society, um palco para manifestações culturais, uma camisa de força, nem mesmo uma mescla poligâmica de conceitos divinos, não. Pensar o Reino de Deus com essas características tem levado muitos a confusões teológicas, meninices, envaidecimento do ego e com isso nos perguntamos: Para que fomos chamados? Qual o propósito de sermos resgatados do mundo? Qual é o reino que esperamos?
Jesus, na oração modelo profere: "... venha a nós o teu reino". Em contrapartida, Ele diz a Pilatos: "... meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse desse mundo, lutariam meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus: mas, agora, o meu Reino não é daqui." (Jo18.36)
Se o Reino de Deus vem a nós e se o mesmo não é deste mundo, precisamos entender que na casa de Deus não há sombra de variação pelo simples fato de que o nosso mundinho de desejos puramente humanos não cabem nEle, afinal: "Arrependei-vos, pois é chegado o Reino de Deus". E se não nos voltarmos e nos tornarmos como uma criancinha, de forma alguma poderemos entrar.
Esse entendimento parece ainda estar longe para muitos que, estando na casa de Deus, tem desvirtuado a visão e apostando no Reino seus mais altos anseios carnais, transformado o púlpito ou o cargo recebido, para ser servo, em momento de ascensão e glória humana, esquecendo que no Reino de Deus só Jesus é o destaque, embora mesmo sendo na essencia, Cristo fará questão de nos servir em sua mesa e nos conceder que assentemos com Ele em seu trono. Então veja você mesmo, o maior homem, o que tem todo poder nem faz questão por honrarias, lavou os pés de seus discípulos, comeu com pecadores, perdoou pecados a fim de que eu e você nos convertêssemos para servir no Reino dEle, mas parece que alguns querem servir em seu próprio reino.
Que reino é esse? Muitos cantores, poucos levitas, muitos pregadores, poucos ganhadores de almas, muitos sábios, poucos líderes piedosos, muitos destaques, pouca unção, muitos teólogos e mestres, poucos servos, muita pompa, pouca humildade, muitos mensageiros, poucos profetas, muita acepção de pessoas, pouca união, muita disputa pelo cargo, pouco serviço, muitos juizes, pouco amor.
Ao visualizar esse painel figurativo do reino que com certeza é deste mundo, observamos o quanto muitos já amadurecidos precisam tomar leite, conforme disse Paulo, pois inflaram a cabeça com o TER, com a vaidade ameninada e farisaica de quem deseja para si um poder estranho, uma cadeira de destaque e uma auto – realização para justificar sua vida gelada e sem compromisso sincero com o Pai e com isso, murcharam dentro de si a vontade de servir a Deus pelo prazer e amor. Assim, se sabemos e se lemos nas Escrituras que o Reino de Jesus não é desse mundo, que Cristo não tem parte em nada com esse sistema mundano, porque muitos teimam em levar esse sistema para dentro do Reino?
Por outro lado, glória a Deus, porque ainda tem sete mil escondidos pelo Senhor para fazer a obra na hora determinada, muitos anônimos orando pela liderança com piedade, coração sincero e sem desejo de ganhar nada em troca, muitas crianças, moças e rapazes com talentos os quais Deus se utilizará, ainda que estejam sufocados dentro da igreja; há muitos de joelhos derramando lágrimas por amor às almas, muitos que com sinceridade desejam fazer a diferença no lugar onde foi colocado, muitos que não brilham nos púlpitos, nem nas cadeiras de destaque, mas que do banco duro almejam alcançar o Reino, muitos que mesmo destacados preferem dizer: o brilho é dEle, a glória é dEle, o destaque é Ele, não pela voz hipócrita, mas pelas atitudes. Sim, existem muitos na casa de Deus esperando o Reino justo do Senhor e não um reino de glórias que aqui perece.
Qual é o seu reino? Que possamos dizer em qualquer circunstancia: O meu Reino não é deste mundo, o meu Reino está perto e já vemos a sua glória em meio a tanta falta de fé e amor, sim eu não quero nada daqui, mas de lá, porque a coroa que nos espera não é de metal precioso, nem mesmo as ruas que pisaremos é comprada com dinheiro, porém o Reino que desejo ver é justo, sentaremos numa mesma mesa com Abraão, Isaac e Jacó, não haverá mesas separadas por hierarquia, mas um Jesus glorioso nos servindo na mesma mesa. Enquanto não chega o Reino quero ser servo por amor, entrega e gratidão, pois longe do Reino seremos apenas consumidos com todos os reinos aqui e para sempre.



Até à próxima!
André Silva.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Pés nos chão, mãos na cabeça


Nenhum chão pode ser mais propício para caminhar se ao pisar não nos sentirmos firmes, pois o ato de caminhar é, antes de tudo, uma tomada de posição contra e o que impulsiona qualquer trajeto sãos os objetivos, portanto vencer os medos, as interrogações e todas as empreitadas do caminho requer preparação, intimidade com Deus, humildade, pés nos chão e sensibilidade para ouvir e aceitar os comandos de quem é mestre em traçar caminhos, Cristo Jesus.
Caminhar pode ser fácil, principalmente quando nos dirigimos pela carne, pela nossa ótica. É ai que somos engodados pelo calor do deserto, manipulados pelas noites estreladas, assim é o homem dirigido por ele mesmo, se tornando insensível a voz de Deus sem perceber que a bússola de orientação está com defeito, mesmo ainda que se ore, tal oração parece mais um monólogo, quando deveria ser um diálogo, tal oração parece mais uma barganha, quando deveria ser uma dispensação, uma oferta, afinal acordamos todo dia, mas quem diz como vai ser o dia é o Senhor, traçamos mil e um projetos, mas o norte, a maneira como a vida será construída no caminho é Jesus quem o diz, por isso muita gente anda com as mãos na cabeça, porque quer ensinar a Deus o seu próprio caminho.
Não é fácil escutar a voz de Deus, embora em muitos lugares, algumas pessoas teimam em se usar: “Eu sou o Senhor, assim diz o Senhor”, a voz do Senhor mais parece um botão, basta apertar que a profecia sai, quando na verdade Deus ainda está em silêncio, trabalhando no oculto, traçando outros planos, novas jornadas. Nesse caso, é necessário rever nosso conceitos sobre o amanhã e retornar a depender mais de Cristo, como aquele que nos dá segurança nos caminhos da vida.
Nessa direção, estar seguro no caminho, é estar livre, em paz, livre dos temores das batalhas que serão travadas; estar seguro é não ter forças nem armas para vencer o Golias, mas sabendo que ao enfrentá-lo estaremos indo em nome do Senhor dos Exércitos e tudo que fazemos em nome dEle haverá vitória.
Há muitos obstinados e orgulhosos ou talvez inocentes acreditando que já sabem o que fazer, para onde ir e como ir, muitos vivem ansiosos e cegos por ver o que Deus não mostrou e com suas próprias armaduras tentam vencer em vão o gigante, por isso é preciso ter os pés nos chão, para lembrar que Deus não dá voltas com ninguém diante da terra prometida por acaso. Então, se você está dando voltas, vendo a benção sem poder possuí-la, saiba, este caminho está errado, sua bússola está quebrada, retorne, ainda que se perca tudo, coloque seus pés nos chão, aprenda a escutar a voz do Senhor, deixe Ele resolver e decidir o lugar, a estrada, com quem, o objetivo e o destino para só então voltar a caminhar novamente.
É por isso que muitos estão com as mãos na cabeça, passando por vales produzidos pelos seus próprios pés, cansados da poeira da estrada, trocando os valores, lutando pela benção e não pelo abençoador nessa cultura farisaico – moderna de que vitória é uma conquista nossa, de que bençãos são os aplausos do público que nos cerca, acreditamos numa vitória como um sorriso final, mas se observarmos para Abraão, sua vitória foi apenas imaginar que se ainda ele imolasse o seu próprio filho, o seu Deus produziria outro Isaac no ventre da sua estéril e velha mulher, mesmo assim na escuridão do caminho, num beco sem saída Jeová Deus brada mostrando a Abraão o cordeiro para o holocausto.
Para que isso aconteça é preciso ter os pés no chão e lembrar que nós não somos insubstituíveis, se não quisermos seguir o caminho dEle, o Senhor tem mais sete mil para fazer a obra, deixe de bobagem, para de resmungar, não siga adiante, a estrada está bonita, a primavera pode estar chegando, mas o Espírito do Senhor nos pede para ficar em Jerusalém até que do alto Ele nos mande poder. Sim, não saia do seu lugar, fica na porta, ainda que o caminho seja tão bonito, ainda que as pessoas digam que existe carne suficiente para você nessa estrada, ainda que o maná tenha virado rotina, não vá, fique e espere sensivelmente a ordem que vem do alto, pois onde há carne há a ilusões, onde há ofertas há pratos feitos, onde há pratos há armadilhas, onde há caminho largo há destruição, porém mesmo não tendo ofertas, oportunidades, aplausos, reconhecimento, Jesus faz o pão e o peixe sobrarem no cesto diante de toda a multidão.
Sendo assim, é preciso esperar, mesmo perdendo tudo, é preciso entender que o muito sem Deus não vale nada, é preciso lembrar que o Senhor é dono da nossa vida, portanto deve ser Ele nossa bússola, nosso caminho, nosso pé no chão para que as mãos estejam um dia, no dia que Ele quiser e determinar levantadas para o céu e não na cabeça; erguidas para alto agradecendo pelas pedras, perdas, pelo pão, peixe, enxergando o abismo que estava camuflado no caminho. Então, coloque os pés nos chão, tire as mãos da cabeça e erga – as para o céu e agradeça a Deus por ter direcionado você nas caminhadas da vida.

Até à próxima!
André Silva

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Entre o Tempo e a Intimidade


Quanto tempo leva um capítulo de uma novela? Quanto tempo leva uma partida de futebol? Quanto tempo leva para se fazer as unhas na manicura? Quanto tempo leva ao se conversar no bate-papo da Internet? Quanto tempo leva um casal aos beijos no terraço? Quanto tempo levamos trabalhando ao dia? Mas, quanto tempo você gasta com Deus?
A vida eterna resume-se unicamente em conhecer ao Deus verdadeiro, mas conhecer alguém requer tempo, busca, dedicação, amor, cumplicidade, embora nessa sociedade moderna que nos lança contra o relógio, Jesus encontra-se cada vez mais afastado das pessoas que alegam o tempo como desculpa por não conseguirem mais ficar perto dEle; ainda que muitos digam conhecer a Deus e amá-lo, se contradizem quando estes não têm intimidade com o Pai. Afinal, precisa-se passar no vestibular, conseguir o emprego, encontrar um romance, divertir-se, cuidar da beleza, precisa-se ganhar o beijo da semana, mas enquanto buscar um tempo para ficar íntimo de Deus, lança-se essa idéia no mar do esquecimento.
Nessa sociedade, a única coisa flagrante é que, a cada dia, as pessoas ficaram ansiosas, depressivas e insatisfeitas e por mais que as igrejas estejam lotadas, continuam vazias espiritualmente, os servos do futuro-presente escancaram sua sede pelas bênçãos e milagres, enquanto a corrida desenfreada pelos nossos ideais nos faz esquecer da amizade que deveríamos cultivar com Deus, mas sempre deixamos pra depois. (João 17.3 / Mateus 15.8)
Nunca na história cristã, os servos do Senhor os deixou tanto em último plano como hoje, preferem antes, procurar pelo curandeiro, pelo signo do zodíaco, preferem entregar-se aos prazeres e alegrar-se madrugada a dentro nas festas, preferem primeiro buscar o espírito de pessoas que da cova nunca pôde sair, prefere-se procurar, primeiro, pela sorte nas loterias da vida, se tem tempo para tudo, enquanto para o Deus que nos ama, apenas uma migalha de tempo mal administrado, quando antes, bastava saber que Jesus estava em algum lugar, rompia-se a multidão, mesmo sem forças, para tocar na orla do seu vestido, hoje Jesus é o último a ser procurado. Então, o que impede você de ser íntimo de Deus? (João 5.39)
Para que você jamais se esqueça, ser íntimo de Deus equivale simplesmente ser ressuscitado depois de quatro dias no cemitério, equivale sair ileso da cova cheia de leões, sair sem cheiro de fumaça da fornalha de fogo, ser transladado ao céu numa carruagem, dialogar abertamente com Jeová em pessoa, ganhar um filho na esterilidade e velhice, ganhar quinze anos a mais de vida, ser íntimo de Deus equivale saber as coisas grandes e ocultas, é vencer o medo diante de um grande exército, enfim existem mais vantagens de ser íntimo de Deus do que sempre deixá-lo para uma hora qualquer. (João 6.35 / João 15.5)
Mas será que o tempo é mesmo culpado por nossa negligente amizade com o Pai? Por que na entrada do ano, fazemos tantos planos? Por que corremos ansiosamente por nossos objetivos? Se Deus já parou o Sol quando um servo íntimo dEle clamou,(Josué 10.13) se Deus já fez descer fogo do céu, já fez a chuva estancar e depois cair, (I Reis 18) se Ele tem o controle de nossas vidas nas mãos, então, o que nos faz fugir tanto dos braços do Pai? O que nos faz gastar tempo com tanta coisa e não sentir prazer de gastar tempo com Deus?
Deus está em todo lugar, todo mundo tenta buscá-lo: negros, brancos, amarelos, pobres, ricos, mas Deus só busca uma classe de pessoas: os verdadeiros adoradores, os íntimos. (João 4.23 / Apocalipse 3.18 / Filipenses 4.8,9 / 1º João 2.17 / 1º Timóteo 4.16)
Enquanto você perde tempo por uma resposta, corra já e jogue-se nos braços do Pai, comece agora gastando tempo exclusivo com Ele e no caminho dEle e as respostas para todas as suas dúvidas e desejos, Jesus te dirá no caminho da intimidade, quebrando todas as tuas interrogações e te privilegiando, mesmo com barreiras no caminho, mesmo em tempos difíceis, por ser íntimo dEle.
2009 é um bom momento para colocar essa intimidade em prática, começa agora!

Até à próxima!
André Silva