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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Velho homem obreiro

Já observamos nos capítulos anteriores as façanhas do velho homem no homem espiritual. Também detectamos o quanto suas estratégias mudaram, mandar alguém pra fogueira ou colocar na cova dos leões são coisas do passado, posto que hoje o inimigo se contenta com nossa morte espiritual e não física, portanto a obesidade trouxe em si a morte aos poucos aos servos de Deus bem sentadinhos no sofá da sala. Sendo assim, ainda nascem outros questionamentos: por que muitos obreiros salvos em Cristo ainda vestem a roupa do velho homem? Pode o velho homem abençoar, com suas ações, a obra do Senhor?
Se abrirmos a janela do passado, veremos que o poder sempre foi combustível para o motor enferrujado desse homem carnal ou mesmo de algum anjo o qual desejou subir as mais altas nuvens (Is 14.14), até ele, o querubim ungido de Deus, teve o poder como estratégia para auto promoção e mais tarde esse mesmo anjo caído traz a receita ao primeiro casal humano na propalada alegação de que teriam poder, seriam como Deus, saberiam tudo. Com isso, o motor de partida foi acionado, a tomada foi plugada à energia do desejo e de lá pra cá a Bíblia nos mostra diversos casos de “velhos – homens – obreiros” os quais mesmo separados para liderar e zelar pelo serviço do Senhor, trocaram os valores, interrompendo até mesmo sua chamada na hipócrita idéia de que ser visto, aplaudido e famoso trouxe em si mais vantagens que o simples servir.
Não estou aqui culpando o homem, apenas apontando as estratégias do velho no homem espiritual, até porque suas ações podem nos deixar cegos, ambiciosos, obesos e precipitados.

“eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do Senhor não orei; e forcei – me e ofereci o holocausto.” (I Samuel 13.12,13)

Saul, rei escolhido pelo povo de Deus, tinha tudo para acertar, a questão dele e de muitos obreiros é a questão em foco: desobediência que desemboca em precipitação. “e forcei-me e ofereci holocausto” Todo qualquer trabalho forçado gera entre o povo frieza, o altar congela, ainda que os valentes estejam à frente, tentem mostrar serviço diante do líder, ainda que mostrem aparência de quem sabe mais que o outro, que é mais espiritual e mais capaz, tal ação é reprovada por Deus, visto que o Senhor não depende do nosso esforço para que sua obra ande, mas se em obediência estivermos, Jeová Deus nos manda guardar todas as armas e louvar, nos manda ficar parados e para ficar observando a os inimigos se destruírem, pois a peleja é do Senhor, a igreja não precisa de defensores, Jesus é o noivo cuidadoso dessa noiva.
Por outro lado, o velho homem não trabalha por amor, mas por auto promoção, “o que ganharemos, se deixarmos tudo e te seguirmos?” Muitos obreiros correm desenfreadamente por uma posição eclesiástica e se esquece de que quanto mais alto se sobe mais terá que descer e servir, visto que Jesus o maior homem entre nós nos deu exemplo e deixou claro que se alguém quiser ser senhor, primeiro seja servo. Mas, ai está o problema, o velho homem não consegue se inclinar a servidão natural, porque sua índole é orgulhosa, cheia de méritos próprios e procura sempre mostrar sua auto capacidade preguiçosa de uma ação sem reação, de uma ação cheia de segundas intenções, posto que tais inclinações é como um parasita na vida de quem almeja espiritualmente ser grato a Deus com seu serviço voluntário. Então, cuidado! “Toda árvore que não tiver frutos será cortada e jogada no fogo.”
Nessa direção, o velho homem não frutifica porque não entende as coisas do alto, não observa ao longe nem ao lado, nem detecta o fim de nossa peregrinação aqui, apenas deseja as coisas daqui, as conquistas daqui, o gozo daqui, por isso caro irmão e irmã pensemos longe, olhemos para o alto, nossa redenção, expulse esse parasita de você, se humilhe diante da potente mãos de Deus que no tempo certo Ele o exaltará.

Até à próxima!
André Silva