A vida da morte
A noticia chegando de assalto e um calafrio tomando o corpo, assim é o momento que abrimos a porta para morte, embora intuitivamente sabemos que ela mora nas calçadas da vida. A morte é atrevida, ousada, não pede licença para entrar, é irônica, zombeteira e vive nas espreitas de nossos deslizes. Se a observamos de fora, assim como ela fica a nos assistir, teremos um outro olhar sobre este estigma da vida humana.
Há outras mortes além desta, mortes necessárias para estancar o fluxo do germe do pecado que também insere morte. Há mortes belas de um amor que se instaura devagar e vai nos tomando por completo e só por completo se entende na madureza da vida, que amar é privilégio de maduros, na maturidade em entender que é preciso estar morto para conceber todo esse peso de amor que Deus nos doa e nos impele a morrer para amar, mas há tantos que recebem amor e não desejam morrer para concebê-lo e conhecê-lo. (Isaias 59.2)
A notícia chegando em náusea, o desespero tomando conta, a saudade já se fazendo presente e o nosso medo interior de ficar só ou mesmo de perder aquilo que mais temos de precioso, quando em Cristo não perdemos nada só ganhamos. Diante da morte ficamos assim: fragilizados, parece que nos falta o raciocínio, o equilíbrio. Jesus ensinou que até na morte é motivo para glorificar o seu nome e ver a olho nu o milagre acontecer.
O caixão já no meio da sala, as pessoas chegando com os rostos vincados, a tristeza tomando conta do ambiente, algumas pessoas falando baixinho: ele era um bom homem, era uma boa mulher, que Deus a/o tenha num bom lugar, como se a morte fosse apenas um tele transporte para um cenário desconhecido, como se ela fosse um fim, quando ali começa a vida. A morte, por sua vez, nos olhando atentamente, mirando a próxima vítima e em deboche silencioso aplaudindo ela mesma sua atuação como atriz coadjuvante.
As pessoas ali no seu último momento com o corpo, como se o corpo bastasse e fosse preciso existir corpo ou imagem para haver lembrança. (Lucas 20.38)
Precisamos amadurecer mais, e receber a morte como quem recebe um presente, afinal em Cristo, nas mansões celestiais, há um prêmio que nunca se acaba, a traça e a ferrugem não consomem, os ladrões não roubam, a doença não chega, (Mateus 6.19,20) lá todos estão sarados das chagas desse mundo, precisamos morrer por dentro, queimar e assassinar nossas taras e manias, pois quanto mais alimentamos nossa carne, mas distante do prêmio ficamos, quanto mais vida damos a ela é que os fantasmas do velho homem nos assombram nesse vazar premeditado entre o ser e o não ser. (Efésios 4.17 – 32)
A hora do último adeus chegando, a sala se abarrotando de gente na oração final, para entregar a alma a Deus como se esse fosse o nosso papel, tentamos erroneamente fazer o que não está no nosso poder, antes da morte tentamos interromper a sua chegada a todo custo sem entender que ela está sentada do lado de fora esperando o momento de bater a porta e entrar, afinal diziam alguns judeus: “não poderia ele que abriu os olhos do cego, fazer também com que este não morresse? (João 11.37) Essa fala tão nossa soa como desespero daquele que não se prepara, não espera, nem tem esperança, mas só espera o tudo daqui. Em contrapartida Jesus antes já anunciava que Lázaro iria ser despertado do sono da morte e com muita tranqüilidade, Cristo não faz uma oração para entregar o defunto nas mãos de seu Pai, seria um contra censo, se Jesus é vida não faria inúmeras rezas para colocar o morto num bom lugar, mas Ele ora ao pai e o entrega a vida (João 11.40 – 44), porque diante da morte, aqueles que crêem nEle, crê no sentido de ter esperança e não de acreditar apenas, esses sim, têm a morte como um presente final, esses dizem a morte vem, esses dizem até quando nos deixarás viver nesse lixo chamado sociedade, quando nos arrebatarás para ti mesmo, quando? (Mateus 24.13)
A morte zomba dos desesperançados, trafega pelo meio da casa fechando todas as possibilidades de alegria e contentamento, traz consigo todos os misticismos, tudo faz mal, quando o mal já existia e não o matamos, apenas continuamos a alimentá-lo transformando ele num gigante a destruir nosso templo sagrado, o corpo. A morte vai adentrando devagar sem percebermos, sobrevoa e faz ninho sobra nossas cabeças, então andamos, corremos, rimos, viajamos, dormimos, amamos sem perceber que estamos mortos – vivos, dando vazão a opinião própria: “esse é o meu jeito de pensar” sem entender:
Precisamos amadurecer mais, e receber a morte como quem recebe um presente, afinal em Cristo, nas mansões celestiais, há um prêmio que nunca se acaba, a traça e a ferrugem não consomem, os ladrões não roubam, a doença não chega, (Mateus 6.19,20) lá todos estão sarados das chagas desse mundo, precisamos morrer por dentro, queimar e assassinar nossas taras e manias, pois quanto mais alimentamos nossa carne, mas distante do prêmio ficamos, quanto mais vida damos a ela é que os fantasmas do velho homem nos assombram nesse vazar premeditado entre o ser e o não ser. (Efésios 4.17 – 32)
A hora do último adeus chegando, a sala se abarrotando de gente na oração final, para entregar a alma a Deus como se esse fosse o nosso papel, tentamos erroneamente fazer o que não está no nosso poder, antes da morte tentamos interromper a sua chegada a todo custo sem entender que ela está sentada do lado de fora esperando o momento de bater a porta e entrar, afinal diziam alguns judeus: “não poderia ele que abriu os olhos do cego, fazer também com que este não morresse? (João 11.37) Essa fala tão nossa soa como desespero daquele que não se prepara, não espera, nem tem esperança, mas só espera o tudo daqui. Em contrapartida Jesus antes já anunciava que Lázaro iria ser despertado do sono da morte e com muita tranqüilidade, Cristo não faz uma oração para entregar o defunto nas mãos de seu Pai, seria um contra censo, se Jesus é vida não faria inúmeras rezas para colocar o morto num bom lugar, mas Ele ora ao pai e o entrega a vida (João 11.40 – 44), porque diante da morte, aqueles que crêem nEle, crê no sentido de ter esperança e não de acreditar apenas, esses sim, têm a morte como um presente final, esses dizem a morte vem, esses dizem até quando nos deixarás viver nesse lixo chamado sociedade, quando nos arrebatarás para ti mesmo, quando? (Mateus 24.13)
A morte zomba dos desesperançados, trafega pelo meio da casa fechando todas as possibilidades de alegria e contentamento, traz consigo todos os misticismos, tudo faz mal, quando o mal já existia e não o matamos, apenas continuamos a alimentá-lo transformando ele num gigante a destruir nosso templo sagrado, o corpo. A morte vai adentrando devagar sem percebermos, sobrevoa e faz ninho sobra nossas cabeças, então andamos, corremos, rimos, viajamos, dormimos, amamos sem perceber que estamos mortos – vivos, dando vazão a opinião própria: “esse é o meu jeito de pensar” sem entender:
“Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade a esse ouve”. (João 9.31)
De um lado a morte é bem - vinda de outro ela é inimiga, porque vive para frustrar nossos sonhos. A morte é a prova de que quanto mais desobediente somos, mas ela tem poder sobre nós, é a colheita de um plantio forjado no nosso interesse próprio, a morte é a certeza de que o exterior santo não basta para vencê-la se lá dentro de nós ainda temos os mesmos ciúmes, invejas, intrigas, julgamento alheio, mentiras, traições, desejos carnais desenfreados, cobiças, misticismos, incredulidades, rebeliões, desobediência, taras, glutonarias, bebedices, cachorrices e coisas semelhantes a estas, sim! A morte está lá reinando no íntimo do nosso ser se acharmos que basta apenas fazer parte de um grupo, levar a cesta básica ao oprimido, orar muito, trazer no rosto o ar de piedade, se vestir com as roupas da religião e apenas dizer: eu não mato, não roubo, não fumo nem bebo, como se isto bastasse para a morte não fazer morada dentro do ser.
De um lado a morte é bem - vinda de outro ela é inimiga, porque vive para frustrar nossos sonhos. A morte é a prova de que quanto mais desobediente somos, mas ela tem poder sobre nós, é a colheita de um plantio forjado no nosso interesse próprio, a morte é a certeza de que o exterior santo não basta para vencê-la se lá dentro de nós ainda temos os mesmos ciúmes, invejas, intrigas, julgamento alheio, mentiras, traições, desejos carnais desenfreados, cobiças, misticismos, incredulidades, rebeliões, desobediência, taras, glutonarias, bebedices, cachorrices e coisas semelhantes a estas, sim! A morte está lá reinando no íntimo do nosso ser se acharmos que basta apenas fazer parte de um grupo, levar a cesta básica ao oprimido, orar muito, trazer no rosto o ar de piedade, se vestir com as roupas da religião e apenas dizer: eu não mato, não roubo, não fumo nem bebo, como se isto bastasse para a morte não fazer morada dentro do ser.
A morte é a paixão da carne, é o vai e vem das emoções, é o brilho latente do orgulho, é a mais pura canção de amor quando cego estamos, a morte é a beleza que formoseia o corpo a quem damos tanta atenção, quando a alma precisa ser lavada e regenerada. (Apocalipse 2.10,11)
É necessário que matemos a morte do ser, que é o pecado de cada santo dia, e que abracemos sem temor a morte que quer matá-la: os frutos do Espírito. Sim, para obtermos os frutos temos que morrer para o mundo e para nós mesmos. (Gálatas 5.16- 26)
Por isso, a vida da morte é um germe sem sabor, sem cheiro e sem dor, mas mata e corroi como uma praga no cafezal, precisamos deixar de dar vida a morte, exterminando-a com a morte da cruz, com o sangue puro carmezim, com um não ao que Deus não se agrada, com um basta a frieza que se instaurou, pois a vida só é vida se o ser salgar e iluminar, (Mateus 5.13 -16) a vida só é vida se o ser imitar aquele que escolheu morrer primeiro para vida nos dar, (Efésios 5.1,2) mas a vida da morte é morte não só física, mas espiritualmente eterna.
Até à próxima!
André Silva.