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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Caminhando pelo cárcere da liberdade


Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
(2 Coríntios 3:17)



          “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós”. O clamor pela liberdade não é de agora, mas desde que o mundo é mundo. Na idade da pedra, a descoberta do fogo foi o ponto de partida para nos conhecermos escravos das próprias invenções, embora tais tecnologias, ao longo do tempo foi provando que estamos num cárcere e não livres, uma vez que a cada inovação descobria-se que não se podia mais voltar atrás, então o penhor da liberdade, o ir e vir, manquejou, mesmo na propalada alegação de que o avanço nos tornava fortes, melhores e conquistadores sem observar que pouco a pouco a grade da prisão se fechava.

         Pela Bíblia sabemos que a prisão se fechou antes mesmo das descobertas. O desejo em conhecer o bem e o mal foi o primeiro passo para a armadilha da liberdade. Armadilha? Sim, pois ninguém pode ser livre sozinho. A aventura da liberdade autônoma levou o primeiro casal humano ao cárcere da alma, prisão da qual nem a lei, nem os homens, nem o orgulho das descobertas, nem as lágrimas do remorso, nem a mais bela tentativa de fuga ou viagem para dentro de si mesmo conseguiu libertá-lo. Por isso o clamor do poeta por liberdade, “abra as asas sobre nós”, nos ampare, nos socorra, nos faça voar por cima dos tantos “muros” que foram erguidos, ecoa com um tom retumbante.

          Pensar em liberdade pode ser um passo à prisão. E ser livre nunca foi objeto barato, muitos perderam a cabeça, a voz, os sonhos, as ambições, as posições, o conforto para abraçar-se a ela. Encontrar a liberdade significa se deparar com a verdade, não a nossa, cheia de achismos, mas aquela verdade que reside em nós e que a evitamos o tempo todo, posto que ela revela nossa verdadeira cara, retira a máscara e se recusa vestir a fantasia, se o objetivo for ser livre. E se esse for o objetivo, então "condenados estamos". Assim, não encontraremos nenhuma mão amiga para nos vestir ou alimentar nosso ego, mas pela liberdade, nossa própria consciência será um juiz implacável da qual não poderemos suportar ao se olhar no espelho. Fugir com a bandeira hasteada é mais cômodo, a fantasia da nossa liberdade cai bem muitas vezes, pois retirá-la poderá ser um calo no nosso sapato e só quem sente a dor é quem calça.

        É por isso que Jesus foi tão contundente sobre a equação da liberdade, não como teoria, mas como prática, único meio de acessá-la. Nele reside o caminho para a liberdade, visto que, como Ele é Onisciente, sabe todas as coisas, não temos como mentir, Jesus nos conhece por dentro e por fora. Então, acessar a liberdade significa se despir diante daquele que tudo sabe. Significa conhecer a verdade e não encontrá-la como se estivéssemos diante de uma equação; não existe equação nem para verdade, nem liberdade, só no caminho e na vida é possível acessá-la. Só podemos chegar à verdade e liberdade se a Cristo primeiro conhecermos. Assim: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

        Nesse caso, o grande problema da liberdade é se auto conhecer. Foi Paulo quem disse: “Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo.” (1 Coríntios 11:31), aliás, a dor e o prazer reside na liberdade, mas poucas pessoas estão dispostas a acessá-la, logo muitos fogem e olham no espelho sem encarar a si mesmo, preferem usar uma roupa que não lhe cabe, interpretar um personagem que vai representar o tempo todo, que vai arrotar ares de liberdade quando esta nunca existiu, apenas para circular tranquilo no meio santo, embora pelos frutos doentes encobertos de folhas vistosas, todos possam parabenizá-lo e  o tal com o ego cheio possa bater no peito: eu venci, quando na verdade somente as lágrimas quentes na solidão do quarto são capazes de denunciar que o avanço espiritual ainda é uma farsa e que esse avanço foi algo forçado, conquistado com o próprio esforço, interpretado para satisfazer a média comunitária, mesmo que estampe uma nova realidade de si mesmo.

          Não se choque com a realidade de si mesmo, isso é o primeiro passo rumo à liberdade. Então, que devo fazer para ser salvo? "Crer no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa (Atos 16.30,31). Parece uma equação simples, mas na verdade revela um resultado contundente: regeneração sem conversão é a prisão mais confortável que alguém já se instalou e essa falsa liberdade  é tão sagaz que mesmo encarcerado o homem é capaz de mentir para si mesmo, é capaz de, tendo sede, recusar a Água da vida; (João 4.) tendo fome rejeitar o pão do céu para desejar as bolotas que os porcos comem. (Lucas 15.16)

          Crer em Jesus é a única porta para a verdadeira liberdade, mas também pode ser a chave para uma outra prisão. Até por que encarcerado e iludido pela liberdade  autônoma, desde o primeiro casal, o homem faz uma viagem na história em busca do maior prêmio da sua alma, sem saber que tal prêmio não reluz como ouro, nem tem um bom gosto, ao contrário do que muita gente pensa, a libertação da alma é uma cocada de sal, ninguém quer, por que queima a língua, maior canal de comunicação do pensamento e do coração. O mundo é doce, as amizades são doces, portanto, oferecer sal é andar na contramão da liberdade, é enfurecer o carcereiro, fazendo com que ele não tenha misericórdia e aqueça  ainda mais a fornalha para jogá-lo. Por esse motivo, o caminho é duro, longo, requer disciplina de si mesmo, requer jogar fora o medo de assumir quem somos, (pecadores), requer humilhação da velha carne e gritos e clamores a Cristo daquilo que gostaríamos de ser, mesmo sabendo que sozinho não conseguiremos.

          Pregar o Evangelho às almas perdidas é urgente, sejam elas de longe ou de perto, porém o que dizer das almas que arrastadas pela rede de pesca, mas que pularam sozinhas rumo à liberdade e na verdade voltaram ao mar com arranhões na alma ou mesmo saltaram da rede dentro do barco antes do pescador pegá-las e tratá-las e se saltaram com todo ímpeto para dentro do barco ficaram com hematomas no coração e até hoje não se perdoam, são amargas, um poço de azedumes, estão podres por dentro, embora cobertas pelas escamas do interpretar no meio comunitário, brilham sem autenticidade, não perdoam nunca, são ambiciosas, egoístas e seus frutos, por mais esforço que se faça são raquíticos. Existem muitas almas assim nos templos da vida, tentaram se regenerar sozinhas, por mero esforço próprio, hastearam uma suposta liberdade, mas na verdade nunca viram a luz nem são luz, continuam no cárcere da liberdade.

          Observe, o homem ao nascer já está condenado à prisão, ao crescer condenado a ser livre, porque descobrirá que nada nessa vida pode lhe dar a chave para abrir a porta da masmorra. Se ele pudesse escutar o grito da sua alma, seria um grande passo, todavia seus ouvidos estão moucos, seus olhos cegos, então tudo que lhe dão como proposta da liberdade o alimenta e o ilude, isto é, o homem vira refém de uma quadrilha: o pecado, o desejo, a mentira e o orgulho. Diante dela, fica embriagado, não resiste ao vinho do porto falso, sendo falso, tal bebida pega rápido e fica ainda mais fácil começar a dizer “coisa com coisa” e acreditar na sua própria verdade, sendo então presa fácil para o diabo devorar como um leão. Por isso, vem as quedas, não só aquelas explícitas onde o coro dos religiosos e encarcerados ecoam aos quatro ventos, mas também as quedas implícitas que só Jesus vê: um olhar cheio de lascívia bem discreto e aquele pensamento pecaminoso que viajou minutos e horas ainda que sentado(a) na igreja num momento ímpar de adoração onde os olhos carnais alheios não perceberam, onde se respirou tranquilo por saber que ninguém percebeu tal atitude, nem foi apanhando pelos hackeres modernos naquele site indecente, mas foi posto na balança fiel pelos olhos que são como chama de fogo.

          A liberdade tem um preço, mas não é uma conquista. Ninguém pode conquistá-la, não é prêmio, nem trofeu. Todo postulante à liberdade precisa se despir de todas convicções perfumadas e elegantes. O preço da liberdade, se a queremos, saiba que não somos nós que pagamos; o preço já foi pago no calvário por Jesus. Tem muita gente querendo comprá-la e se frustra com a doce mentira do ato de ser livre. Ela é um preço pelo simples fato de que a vitória das lutas interiores não se dá com armas humanas e sim espirituais (Efésios 6.10-18) e se são espirituais é necessário carregar a própria cruz, negar a si mesmo e isto é uma tarefa muito árdua para uma geração que acredita no valor da liberdade como sendo um levantar de mãos, cantar hinos gospel bem entoados, produzir choro de ocasião, gritar glóooooooooooooooooooooooooriaaaaaaaaa e aleluiaaaaaaaaaaaaaaaaaa como fórmula pronta e acabada para se conquistar a liberdade da alma. Afinal, o preço da liberdade é como um perfume caro, que ninguém ousaria derramar, mas sem derramá-lo, sem quebrar o vaso de alabastro, ou seja, sem se derramar por inteiro, sem ser honesto, sincero, ainda que custe cargo, posição e rejeição, o homem continuará no cárcere, acreditando que está na suíte presidencial.

          Nós somos templos e morada do Espírito Santo e Ele, que habita em nós tem ciúmes. (I Coríntios 3.16; Tiago 4.5) Se somos templos dele, somos livres, se somos um engano revestidos de folhas, mas sem os frutos, Ele nunca esteve e a grade continua fechada e o pior de tudo, muitos ouvirão a voz de Jesus dizendo: “nunca os conheci, apartai-vos de mim” (Mateus 7.23). A esperança da liberdade reside em Crer, não é acreditar, mas entregar-se, jogar-se, humilhar-se deixando O Espírito Santo fazer o que quiser com a nossa casa e fazendo Ele tudo, nos dará a chave e não só isso, nos ensinará a girar a chave, a abrir a porta e deixar lá dentro da prisão suja do passado o nosso velho homem morto, quando cá fora, livres e vivos para uma nova vida frutífera e nítida aos olhos, com o sabor salgado, e equilibrado onde seu paladar já não mais se engana, onde sua alma já livre, caminha perseguida por amor a Cristo, trabalha para Jesus aparecer e nós diminuirmos, nos dá condições e ferramentas para dia a dia vencermos a carne e amar segundo Paulo, esperando, suportando, crendo em nome de Jesus.

Até à próxima!
André Silva.


domingo, 9 de março de 2014


Sobre as Águas


Entre tantas vias de acesso, minhas mãos auxiliam as avenidas frias que o céu protege.

Entre os mangues, praças, arranha - céus e periferias, assim sou eu ligando o seu passado e o esplendor do seu amanhã
O vento sopra sobre mim o progresso, suporto o vai e vem e o peso de suas dores, reascendo as suas mais remotas lembranças. Sim, sou eu, sou ponte.
Entre o sol escaldante e as madrugadas frias de cada dia, eu estou lá acelerando o compasso da vida no vai e vem frenético e tão solitário de quem passa.
Ah se eu pudesse, Recife, crescer contigo como cresce a esperança desse povo que tu alimentas, me alegraria ainda mais, pois só eu sei cada história de luta e dor de quem passa por mim, por que sobre mim caem lágrimas, suor e sorriso.
Tu, Recife, não serias a Veneza, nem tua cultura seria notória se por mim tua história não fosse contada, teus rios não seriam os mesmos, porque sou tua ponte entre as águas mornas do teu Capibaribe e é sobre mim, de mim e por mim que a rede é lançada em tuas águas em busca de respostas.
Tu, Recife amado, não verias o galo passar, nem esse chão tremer na multidão que a ti saúda nos carnavais da vida, pois sou eu, ponte nova – velha, o teu eu- lírico ufanista.

Até à próxima!
André Silva.

*Texto produzido para o prefácio do livro da jornalista Andreia Souza em 2004.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Emocionados com os orixás

Por Gutierres Siqueira.
Um Moisés pós-moderno escrevia sobre a emoção de ver a expressão autêntica de fé no Bezerro de Ouro
Por Gutierres Fernandes Siqueira

Nesses últimos dias li dois textos que expressam bem a decadência de uma teologia protestante com complexo sociológico.  Em ambos, por coincidência, os autores comentavam a emoção que sentiram ao ver a expressão religiosa em cultos afrobrasileiros. Para os autores, a tolerância nasce quando você chora diante do culto alheio.

E eu choro com tamanha bobagem e hipocrisia.

A tolerância pós-moderna não é apenas o respeito pelo direito de culto para todos, a liberdade cúltica. Não e não, mas vai além! Agora precisamos apreciar qualquer manifestação do sagrado. Bom, o sujeito que não suporta nem a tia e nem a colega de trabalho, agora é simplesmente capaz de se emocionar com o primeiro deus animista da moda. Pura hipocrisia, mas que pega bem em uma roda de conversas na Vila Madalena.

Se Moisés fosse pós-moderno ele escrevia um texto emocionado sobre a "experiência autêntica" de se adorar o Bezerro de Ouro? Risos e mais risos. E Jesus, quem sabe, poderia ter sido menos bruto com os fariseus e não chamá-los de "filhos do diabo". Será que Jesus não enxergava que todas as "expressões de fé" são validas e equiparáveis se feitas com sinceridade? Ora, e quem disse que os fariseus não eram sinceros?

E os profetas que combatiam Moloque? Será que eles pensavam em manifestações religiosas “sem autenticidade” ou todas as crenças eram válidas? E por que Paulo era tão preocupado com movimentos judaizantes? Não poderia ter sido mais tolerante com esse diálogo interreligioso entre judaísmo e cristianismo? Ou Paulo percebia o óbvio: quando duas visões diferentes e opostas começam um namoro, logo uma das visões precisará ceder ao ponto de perder a própria identidade. Ora, todo casamento não é a formação de uma “só carne”?

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

“Receba a porção dobrada do Espírito Santo”! Ou, veja porque essa declaração é uma bizarrice!

Elias revivendo o filho da viúva de Sarepta, por Louis Hersent [177-1860]
Por Gutierres Fernandes Siqueira

Você certamente já ouviu algum pregador pentecostal orando para que a plateia ou uma pessoa específica recebesse a “porção dobrada do Espírito Santo”. A base é 2 Reis 2, mas a interpretação é equivocada. Nesse texto, temos a história do profeta Elias designando a continuidade de seu ministério para Eliseu antes de ser transladado. Nos versículos 9 a 11 lemos:

Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará. E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.

Bom, vejamos o que a expressão “porção dobrada” significa.

1. Quando Eliseu pede a “porção dobrada”, na verdade, ele está requerendo o direito de progenitura sobre os demais profetas da escola de Elias.

Elias foi líder de uma “escola de profetas”, e Eliseu era um dos seus alunos. O ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de “filhos dos profetas” (v. 3,5). Ora, com a trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a “porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. O primeiro filho recebia o dobro das riquezas do pai em relação aos seus irmãos, e isso implicava mais responsabilidade para a manutenção da família. Donald J. Wiseman lembra que esse filho primogênito “tinha a responsabilidade de perpetuar o nome e o trabalho do pai” [1].

Nesse sentido, a tradução da Nova Versão Internacional (NVI) traz mais luz para a interpretação: “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: ‘O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?’ Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético’". [grifo meu].

2. A “porção dobrada”, portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres. Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o legado do antigo líder. Assim, por que os pregadores atuais falam em “porção dobrada” como “poder em dobro” para milagres, mas esquecem da responsabilidade de um legado na substituição de uma liderança?

Repito: a expressão não significa, a princípio, um poder dobrado para milagres ou um ministério ainda mais poderoso em sinais e maravilhas do que o de Elias. É tão verdade que Eliseu continua o trabalho de Elias, mas não se tornou um profeta mais importante do que o seu “pai espiritual”. Ele é usado por Deus em continuidade, mas não se sobrepõe ao seu pai na fé. Quem é o profeta mais lembrado depois de Moisés na história e literatura hebraica? Elias é a resposta. Eliseu certamente pensava que a continuidade do ministério de Elias implicaria grandes sinais, mas a expressão em si não indica essa questão, mas sim o direito de substituí-lo como líder.

3. Elias não concede o pedido a Eliseu porque tal atribuição era divina, e não humana. Como os pregadores atuais podem oferecer o que não é prerrogativa deles?

Eliseu recebe a “porção dobrada” da parte de Deus, mas não de Elias. O profeta Elias mostra a Eliseu que a resposta ao pedido não dependia dele, mas sim do Senhor. “Coisa dura pediste”, diz Elias, indicando que Eliseu seria o seu substituto mediante a observação de seu arrebatamento. O teólogo pentecostal Wilf Hildebrandt escreve sobre essa passagem:

A dificuldade de honrar o pedido é demonstrada por Elias, que faz com que o direito de sucessão dependa do avistar de sua partida por parte de Eliseu. Elias indica que não é uma prerrogativa sua o responder ao pedido e sim uma prerrogativa de Deus. Assim, o pedido por “uma porção dupla” não é concedido por ele, mas depende da permissão de Iahweh para que Eliseu testemunhe sua partida e ‘abra os seus olhos’ para a seleção de Deus. Somente Deus poderia escolher um sucessor para Elias e transferir se o Espírito para o profeta escolhido.  [2]

É interessante observar que um pregador que acredita atribuir o Espírito Santo em dobro para outras pessoas não traz essa ideia da cosmovisão bíblica, mas sim de uma cosmovisão animista, portanto, pagã. É necessário rejeitar qualquer tentativa de interpretar o texto bíblico segundo padrões mágicos que arranham a correta interpretação do mesmo. Ninguém pode “jogar” o Espírito Santo em dobro no outro. O Espírito Santo enche o verdadeiro crente segundo a graça divina para o serviço do Senhor. “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” [1 Co 12.7].

Referências Bibliográficas:

[1] WISEMAN, Donald J. 1 e 2 Reis. Introdução e Comentário. 1 ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 2006. p 172.

[2] HILDEBRANDT, Wilf. Teologia do Espírito de Deus no Antigo Testamento. 1 ed. São Paulo: Editora Academia Cristã e Edições Loyola, 2008. p 195.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus!

Por Gutierres Fernandes Siqueira

SAGRADO. Que inspira ou deve inspirar respeito religioso ou profunda veneração. Do latim sacrātus,a,um, part.pas. de sacrāre 'consagrar, sagrar, dar caráter sagrado a; votar, dedicar'. [Dicionário Houaiss]

Hoje estudamos sobre liturgia na Escola Dominical. E, nesse aspecto, um grande problema no nosso meio pentecostal é a perda do senso do sagrado. Recentemente assistia a pregação de um dos mais respeitados mestres da Palavra em um enorme templo das Assembleias de Deus. O ambiente lembrava uma rodoviária. Era gente caminhando em todas as direções enquanto o pastor ministrava a Palavra.

Esse é um dos sintomas dessa falta de respeito pelo sagrado. “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” [Eclesiastes 5.1].

Vejamos apenas quatro exemplos de irreverência no contexto assembleiano, do qual faço parte:

- Os pregadores que chegam apenas na hora da pregação. É como se a exposição da Palavra de Deus fosse alguma palestra. O pregador não pode ser ausente do culto, pois a pregação deve estar inserida num contexto cúltico. Alguns pregadores de “renome”, como se diz no meio assembleiano, chegam atrasados sempre. Não é mero acidente de percurso, já é um hábito. Estariam eles enfadados de cultuar? Viraram meros profissionais do púlpito?

- Mães que brigam com crianças “birrentas” no meio do culto. O meio do culto não é o melhor lugar para beliscar uma criança que chora por birra. É em casa que essa criança deve receber a correção dos pais. Eu já presenciei a cena de uma mãe que deu um tapa na mão de uma criança de dois anos- por algum motivo- e essa disparou a chorar atrapalhando o bom andamento do culto.

- O paparazzi da igreja. Toda festividade é um festival de filmagens, fotos e poses. Você não sabe se está está na entrada do Oscar ou realmente em um culto cristão? O grupo começa a cantar e um monte de gente se levanta para tirar fotos. Não seria melhor esperar o culto acabar? Ou apenas UMA pessoa registrar as imagens do culto?

- Conversas no púlpito. E se o exemplo não vem de cima? Bom, há obreiros que gostam de colocar o “papo em dia” enquanto estão sentados na plataforma.

domingo, 10 de novembro de 2013

Quem é a Mulher  vestida de sol  em 
Apocalipse 12:1 - 6

1-E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do Sol,tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.
2-E estava grávida com dores de parto e gritava com ânsias de dar a luz.
3-E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as cabeças, sete diademas.
4-E a sua calda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da  mulher que havia de dar a luz, para que, dando ela a luz, lhe tragasse o filho.
5-E deu a luz a um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
6-E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. (Ap.12:1-6 )
                                                     
                                                    Três personagens aparecem em Apocalipse 12: a mulher vestida do sol, o Dragão e o Menino. O catolicismo romano, desconsiderando o simbolismo profético dessa passagem, afirma que a mulher é Maria, mãe de Jesus. Alguns teólogos — ignorando o fato de a Igreja ter saído de Jesus (Mt 16.18), e não o inverso — têm afirmado que a mãe do Menino é a Igreja. Não há dúvida, à luz de um conjunto probatório, de que aquela mulher representa Israel.

Em Apocalipse 12.17 vemos que o Dragão (Satanás) fará guerra “ao resto da sua semente”, numa clara referência ao remanescente israelita que será protegido e absolvido por Deus, no fim da Grande Tribulação (Rm 9.27). A mulher está vestida do sol, que representa a graça e a glória do Senhor (Sl 84.11; Ml 4.2), pelas quais Israel foi envolvido desde a sua origem.

A mulher tem a lua debaixo dos pés, numa referência à supremacia de Israel como nação escolhida (Dt 7.6). E também tem uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. O que isso representa? Os patriarcas que deram origem às doze tribos formadoras do povo de Israel, incluindo José, são chamados de estrelas (Gn 37.9, ARA). Sol e lua, no sonho de José, aludem aos seus pais.

Observe que ela está grávida, com dores de parto, gritando com ânsias de dar à luz. O privilégio de ter sido escolhido como a nação do surgimento do Messias (Jo 1.11,12) trouxe — e trará — a Israel experiências dolorosas (Is 26.17). Quanto ao Dragão, não pode ser outro, a não ser o Diabo (Ap 20.2, ARA).

O Dragão é grande. Isso prova que o Inimigo, como “deus deste século” (2 Co 4.4), possui grande força (Lc 10.19). Ele é vermelho. Numa tradução literal, “avermelhado como fogo”, o que representa a sua atuação violenta e sanguinária no mundo (Ap 6.4; Jo 10.10). Essa cor também está associada ao pecado (Is 1.18).

Ele tem dez chifres, que se referem, à luz da Palavra profética, aos dez reinos que formarão a base do império do Anticristo (Ap 17.12; cf. Dn 7.24). E também possui sete cabeças com sete diademas, que dizem respeito à plena autoridade que exercerá sobre os reinos da Terra. A semelhança do Dragão com a Besta enfatiza que esta virá com o poder de Satanás: “o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio” (Ap 13.2).

Menciona-se também uma grande cauda. Isso alude à astúcia do Inimigo e ao seu baixo caráter (Is 9.15), ao levar consigo, no princípio, a terça parte dos anjos que não guardaram o seu principado (2 Pe 2.4; Jd v.6). Muitos hoje ficam impressionados com a facilidade que alguns falsos obreiros têm de “arrastar” multidões. Não nos esqueçamos de que o primeiro a fazer isso foi o próprio Diabo.

Em Apocalipse 12.4 está escrito que o Dragão parou diante da mulher, “para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho”. Desde o princípio, o Inimigo tem lutado contra Israel, sabendo que por meio dessa nação o Senhor realizaria a redenção da humanidade. Mesmo assim, o Filho de Davi, o Filho de Abraão, o Unigênito do Pai (Mt 1.1; Jo 3.16), nasceu em Belém da Judeia (Mt 2.1), no tempo estabelecido pelo Deus soberano (Gl 4.4,5).

Alguns teólogos afirmam que o Filho da mulher vestida do sol representa a Igreja, ou os mártires, ou os 144.000 judeus selados durante a Grande Tribulação. Todavia, à luz de Salmos 2.9 e Apocalipse 2.27, não há dúvida de que o Menino é Jesus Cristo: “E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (Ap 12.5).

Foram muitas as tentativas do Dragão (Satanás), ao longo da História, de destruir a mulher vestida do sol (Israel), para que não desse à luz. Caim matou Abel, mas Sete deu continuidade à linhagem santa e piedosa, da qual sugiram os primeiros hebreus (Gn 4-12). Nos dias de Moisés, quando Faraó mandou matar os meninos israelitas, Deus preservou a muitos deles com vida, inclusive o próprio Moisés, que se tornou o libertador do povo de Israel (Êx 1).

O rei Saul tentou matar a Davi, pois o Diabo sabia que o Messias descenderia do trono davídico. Deus mais uma vez frustrou o plano maligno, preservando a vida de seu servo (1 Sm 18.10,11). Mais tarde, o Inimigo usou a rainha Atalia para matar os herdeiros do trono de Davi. Mas o futuro rei Joás foi escondido por sua tia, e, com apenas sete anos, assumiu o reino em Judá (2 Rs 11). Nos tempos do império medo-persa, o cruel Hamã convenceu o rei Assuero a exterminar, de uma vez por todas, “um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei” (Et 3.8). Deus interveio, e o mal se voltou contra aquele “adversário e inimigo” de Israel (7.6-10).

Já no período neotestamentário, Herodes intentou matar Jesus, ainda em sua primeira infância. Mas o Todo-poderoso avisou os magos e José, o qual levou o Menino para o Egito (Mt 2). No deserto, Ele, já adulto, ao ser tentado pelo Inimigo, venceu-o por meio da repetição de uma poderosa declaração: “Está escrito” (4.1-11). Em Nazaré, numa nova tentativa de impedir que o Senhor chegasse à cruz, o Diabo procurou matá-lo. Milagrosamente, Ele escapou, “passando pelo meio deles” (Lc 4.17-30).

O Inimigo também exerceu influência psicológica sobre Pedro, levando-o à tentativa de induzir Jesus a desistir de sua obra redentora. No entanto, a resposta do Senhor a essa tentação foi contundente: “Para trás de mim, Satanás” (Mt 16.22,23). No Gólgota, finalmente — como o Diabo não conseguiu matar Jesus antes da cruz —, tentou, em vão, convencê-lo a descer do madeiro (Mt 27.40-42; Lc 23.39), pois temia o poder do sangue do Cordeiro (1 Pe 1.18,19; Hb 2.14,15). Ali, o Senhor deu o brado da vitória: “Está consumado” (Jo 19.30).

Mesmo depois de Jesus ter sido assunto ao Céu (At 1.9-11), a perseguição contra a mulher (Israel) continuou. E ela se intensificará na segunda metade da Grande Tribulação, quando o Diabo terá maior liberdade — permitida por Deus, evidentemente — para, através do Anticristo, atacar Israel: “Quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher [...] E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente” (Ap 12.13,15).

Na simbologia profética, águas representam reinos (Is 8.7; Ap 17.5). Isso mostra que os exércitos do Anticristo marcharão contra Israel (Ap 16.12,16). Mas o Espírito do Senhor arvorará contra o Inimigo a sua bandeira (Is 59.19). Ele protegerá o remanescente israelita (Ap 12.6). “E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente” (v.14). Essas asas de águia representam a direção de Deus (Êx 19.4), através da qual Israel será levado a um lugar seguro (cf. Sl 27.5; 91:1,4).

A mulher (Israel) também terá ajuda dos povos e nações a ela favoráveis, como vemos em Mateus 25.34-40 (parabolicamente) e em Apocalipse 12.16 (simbolicamente): “E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a boca e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca”. Por fim, o remanescente israelita será absolvido pelo Justo Juiz e estará seguro, enquanto o Inimigo ficará parado sobre a areia do mar sem poder prosseguir com seus intentos (Ap 12.16-18, ARA).

Maranata!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A vida da morte 



A noticia chegando de assalto e um calafrio tomando o corpo, assim é o momento que abrimos a porta para morte, embora intuitivamente sabemos que ela mora nas calçadas da vida. A morte é atrevida, ousada, não pede licença para entrar, é irônica, zombeteira e vive nas espreitas de nossos deslizes. Se a observamos de fora, assim como ela fica a nos assistir, teremos um outro olhar sobre este estigma da vida humana.

Há outras mortes além desta, mortes necessárias para estancar o fluxo do germe do pecado que também insere morte. Há mortes belas de um amor que se instaura devagar e vai nos tomando por completo e só por completo se entende na madureza da vida, que amar é privilégio de maduros, na maturidade em entender que é preciso estar morto para conceber todo esse peso de amor que Deus nos doa e nos impele a morrer para amar, mas há tantos que recebem amor e não desejam morrer para concebê-lo e conhecê-lo. (Isaias 59.2)

A notícia chegando em náusea, o desespero tomando conta, a saudade já se fazendo presente e o nosso medo interior de ficar só ou mesmo de perder aquilo que mais temos de precioso, quando em Cristo não perdemos nada só ganhamos. Diante da morte ficamos assim: fragilizados, parece que nos falta o raciocínio, o equilíbrio. Jesus ensinou que até na morte é motivo para glorificar o seu nome e ver a olho nu o milagre acontecer.

O caixão já no meio da sala, as pessoas chegando com os rostos vincados, a tristeza tomando conta do ambiente, algumas pessoas falando baixinho: ele era um bom homem, era uma boa mulher, que Deus a/o tenha num bom lugar, como se a morte fosse apenas um tele transporte para um cenário desconhecido, como se ela fosse um fim, quando ali começa a vida. A morte, por sua vez, nos olhando atentamente, mirando a próxima vítima e em deboche silencioso aplaudindo ela mesma sua atuação como atriz coadjuvante.
As pessoas ali no seu último momento com o corpo, como se o corpo bastasse e fosse preciso existir corpo ou imagem para haver lembrança. (Lucas 20.38)
Precisamos amadurecer mais, e receber a morte como quem recebe um presente, afinal em Cristo, nas mansões celestiais, há um prêmio que nunca se acaba, a traça e a ferrugem não consomem, os ladrões não roubam, a doença não chega, (Mateus 6.19,20) lá todos estão sarados das chagas desse mundo, precisamos morrer por dentro, queimar e assassinar nossas taras e manias, pois quanto mais alimentamos nossa carne, mas distante do prêmio ficamos, quanto mais vida damos a ela é que os fantasmas do velho homem nos assombram nesse vazar premeditado entre o ser e o não ser. (Efésios 4.17 – 32)
A hora do último adeus chegando, a sala se abarrotando de gente na oração final, para entregar a alma a Deus como se esse fosse o nosso papel, tentamos erroneamente fazer o que não está no nosso poder, antes da morte tentamos interromper a sua chegada a todo custo sem entender que ela está sentada do lado de fora esperando o momento de bater a porta e entrar, afinal diziam alguns judeus: “não poderia ele que abriu os olhos do cego, fazer também com que este não morresse? (João 11.37) Essa fala tão nossa soa como desespero daquele que não se prepara, não espera, nem tem esperança, mas só espera o tudo daqui. Em contrapartida Jesus antes já anunciava que Lázaro iria ser despertado do sono da morte e com muita tranqüilidade, Cristo não faz uma oração para entregar o defunto nas mãos de seu Pai, seria um contra censo, se Jesus é vida não faria inúmeras rezas para colocar o morto num bom lugar, mas Ele ora ao pai e o entrega a vida (João 11.40 – 44), porque diante da morte, aqueles que crêem nEle, crê no sentido de ter esperança e não de acreditar apenas, esses sim, têm a morte como um presente final, esses dizem a morte vem, esses dizem até quando nos deixarás viver nesse lixo chamado sociedade, quando nos arrebatarás para ti mesmo, quando? (Mateus 24.13)
A morte zomba dos desesperançados, trafega pelo meio da casa fechando todas as possibilidades de alegria e contentamento, traz consigo todos os misticismos, tudo faz mal, quando o mal já existia e não o matamos, apenas continuamos a alimentá-lo transformando ele num gigante a destruir nosso templo sagrado, o corpo. A morte vai adentrando devagar sem percebermos, sobrevoa e faz ninho sobra nossas cabeças, então andamos, corremos, rimos, viajamos, dormimos, amamos sem perceber que estamos mortos – vivos, dando vazão a opinião própria: “esse é o meu jeito de pensar” sem entender:
“Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade a esse ouve”. (João 9.31)
De um lado a morte é bem - vinda de outro ela é inimiga, porque vive para frustrar nossos sonhos. A morte é a prova de que quanto mais desobediente somos, mas ela tem poder sobre nós, é a colheita de um plantio forjado no nosso interesse próprio, a morte é a certeza de que o exterior santo não basta para vencê-la se lá dentro de nós ainda temos os mesmos ciúmes, invejas, intrigas, julgamento alheio, mentiras, traições, desejos carnais desenfreados, cobiças, misticismos, incredulidades, rebeliões, desobediência, taras, glutonarias, bebedices, cachorrices e coisas semelhantes a estas, sim! A morte está lá reinando no íntimo do nosso ser se acharmos que basta apenas fazer parte de um grupo, levar a cesta básica ao oprimido, orar muito, trazer no rosto o ar de piedade, se vestir com as roupas da religião e apenas dizer: eu não mato, não roubo, não fumo nem bebo, como se isto bastasse para a morte não fazer morada dentro do ser.
A morte é a paixão da carne, é o vai e vem das emoções, é o brilho latente do orgulho, é a mais pura canção de amor quando cego estamos, a morte é a beleza que formoseia o corpo a quem damos tanta atenção, quando a alma precisa ser lavada e regenerada. (Apocalipse 2.10,11)
É necessário que matemos a morte do ser, que é o pecado de cada santo dia, e que abracemos sem temor a morte que quer matá-la: os frutos do Espírito. Sim, para obtermos os frutos temos que morrer para o mundo e para nós mesmos. (Gálatas 5.16- 26)
Por isso, a vida da morte é um germe sem sabor, sem cheiro e sem dor, mas mata e corroi como uma praga no cafezal, precisamos deixar de dar vida a morte, exterminando-a com a morte da cruz, com o sangue puro carmezim, com um não ao que Deus não se agrada, com um basta a frieza que se instaurou, pois a vida só é vida se o ser salgar e iluminar, (Mateus 5.13 -16) a vida só é vida se o ser imitar aquele que escolheu morrer primeiro para vida nos dar, (Efésios 5.1,2) mas a vida da morte é morte não só física, mas espiritualmente eterna.

Até à próxima!
André Silva.