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sábado, 7 de maio de 2011



7 MOTIVOS PARA CRERMOS NO INFERNO

1. Jesus ensinou a existência do inferno. As Escrituras afirmam enfaticamente a doutrina do inferno. Algumas das afirmações mais fortes de que existe um inferno vêm de Jesus Cristo, a segunda Pessoa da Trindade. Ele falou mais sobre o inferno que sobre o céu. Jesus advertiu: “Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma quanto o corpo no inferno” (Mt 10.28). Ele acrescentou sobre aqueles que o rejeitam: “Assim como o joio é colhido é queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era” (Mt. 13.40). Jesus é a pessoa na Bíblia que mais falou sobre inferno, e isto demonstra que Ele considera essa doutrina relevante.

No sermão profético, proferido no Monte das Oliveiras, nosso Senhor disse que no juízo final, Deus dirá “aos que estiverem a sua esquerda: malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno preparado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25.41). Sobre a seriedade do perigo do inferno, Jesus advertiu: “Se a sua mão fizer tropeçar, corte-a. É melhor entrar na vida mutilado do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga” (Mc 9.43). A realidade do inferno é óbvia segundo a história vívida, contada por Jesus em Lucas 16. Essa história é diferente de uma parábola já que nela Jesus usa o nome real de uma pessoa (Lázaro). A história fala do destino de um rico e um mendigo, Lázaro, após a morte: “Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente. Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras; o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras. Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” (Lc 16.19-31).

2. A Bíblia ensina que o inferno existe. Outros escritos inspirados do NT afirmam a existência do inferno. Talvez o relato mais detalhado seja o Apocalipse de João: E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20:11-15).

O apóstolo Paulo falou da separação eterna de Deus, dizendo: ... quando o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder.” (2 Ts 1.7b-9)

O autor de Hebreus acrescenta uma observação de finalidade: “...aos homens está destinado a morrer uma só vez e depois disto enfrentar o juízo.” (Hb 9.27)

3. A justiça de Deus exige o inferno. Além de afirmações diretas, as Escrituras oferecem razões para a existência do inferno. Uma é que a justiça exige a existência do inferno, e Deus é justo (Rm 2). Ele é tão puro e imaculado que não pode sequer ver o pecado (Hc 1.13). Deus trata todos com igualdade: “pois em Deus não há parcialidade”. (Rm 2.11) Como Abraão declarou: “Não agirá com justiça o juiz de toda a terra?” (Gn 18.25) O Salmo 73 representa as passagens que ensinam que nem toda justiça é feita nesta vida. Os perversos parecem prosperar (v. 3). Logo a existência de um lugar de castigo para os perversos após esta vida é necessária para manter a justiça de Deus. Certamente não haveria justiça real se não houvesse um lugar de castigo para as almas desvairadas de Stalin e Hitler, que iniciaram o massacre impiedoso de milhões (inclusive Adolf Hitler foi responsável pela morte de 6 milhões de judeus). A justiça de Deus exige que há um inferno.

Jonathan Edwards argumentou que mesmo um único pecado merece o inferno, já que o Deus Eterno e Santo não pode tolerar nenhum pecado. Cada pessoa comete muitíssimos pecados em pensamentos, palavras e ações. Tudo isso é intensificado pelo fato de que rejeitamos a imensa misericórdia de Deus. Acrescenta-se ainda a prontidão do homem em reclamar da justiça e misericórdia de Deus, e temos evidências abundantes da necessidade do inferno. Se tivéssemos verdadeira consciência espiritual, não ficaríamos abismados com a severidade do inferno, mas sim com nossa própria depravação (Edwards , 1 p. 109).

4. O amor de Deus exige o inferno. A Bíblia afirma que “Deus é amor” (1 Jo 4.8,16) mas o amor não pode agir coercivamente, apenas persuasivamente. Um Deus de amor não pode forçar as pessoas a amá-Lo. Paulo falou que as coisas são feitas livremente e não por obrigação (2 Co 9.7). Amor forçado não é amor, é estupro. Um ser amoroso sempre dá “espaço” para outros. Como C. S. Lewis escreveu: ‘O Irresistível e o Irrefutável são as duas armas que a própria natureza do seu esquema o impede de usar. Anular o livre-arbítrio humano (...) seria inútil para ele. Ele não pode forçar. Só pode atrair.’ (Lewis, Cartas do inferno, cap. 8).

Logo, os que escolhem não amar a Deus devem ter o direito de não amá-lo. Os que não desejam estar com Ele devem ter permissão para ficar separados dEle. O inferno permite a separação de Deus.

5. A dignidade humana exige o inferno. Já que Deus não força as pessoas a ir para o céu contra a sua vontade, o livre-arbítrio humano exige um inferno. Jesus exclamou: “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes quis eu reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, e vocês não quiseram!” (Mt. 23.37), como Lewis disse: ‘Há apenas dois tipos de pessoas no final das contas: aquelas que dizem a Deus: “Seja feita a tua vontade” e aquelas a quem Deus diz, no final: “Seja feita a tua vontade”’ (Cartas do inferno, p. 69).

6. A soberania de Deus exige o inferno. A não ser que haja inferno não há vitória final sobre o mal. Pois o que frustra o bem é o mal. O trigo e o joio não podem crescer juntos para sempre. Há uma separação final, senão o bem não triunfará sobre o mal. Como na sociedade, o castigo do mal é necessário para que o bem prevaleça. Da mesma forma, na eternidade o bem deve triunfar sobre o mal. Se isso não acontecer, Deus não está no controle total. A soberania de Deus exige o inferno, senão Ele não seria o Vencedor final sobre o mal que a Bíblia declara que Ele é (v. 1Co 15.24-28; Ap 20—22).

7. A cruz de Cristo implica a realidade do inferno. No centro do cristianismo está a cruz. (1 Co 1.17,18; 15.3). Sem ela não há salvação (Rm 4.25; Hb 10.10-14). É a razão pela qual Cristo veio ao mundo (Mc 10.45; Lc 19.10). Sem a cruz não há salvação (Jo 10.1,9,10: At 4.12). Apenas por meio da cruz podemos ser libertos dos nossos pecados (Rm 3.21-26). Jesus sofreu grande agonia e até separação de Deus na cruz (Hb 2.1-18; 5.7-9). Antecipando a cruz, Jesus “orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como grandes gotas de sangue que caiam no chão” (Lc 22.44). Mas por que a cruz e todo esse sofrimento, a não ser que haja o inferno? A morte de Cristo perde o seu significado eterno a não ser que haja uma separação de Deus da qual as pessoas precisam ser salvas.

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